Desarraigar quer dizer: removido pela raiz, arrancado do seu próprio ambiente. Precisamos compreender que fomos removidos do mundo, pela obra de Deus, segundo o Seu plano e vontade, por meio da obra de Cristo na cruz, que nos purifica de nossos pecados, apresenta-nos diante do Pai, santos, inculpáveis e irrepreensíveis, como pelo Espírito Santo que nos capacita, pois Ele nos concede a autoridade para vivermos neste mundo como filhos de Deus, andando de maneira digna da vocação, revelando o Seu reino entre os homens.
Paulo na carta aos Gálatas, expressa o aspecto da remoção do mundo, como podemos ler no capítulo um, nos versos três e quatro: “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do [nosso] Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai,” (Gálatas 1:3-4, BEARA).
Tendo sido removidos, por Sua graça, tendo recebido da Sua vida, tendo sido capacitados pelo Espírito Santo, não temos outra maneira de viver que não seja como cidadãos do reino, andando na graça de Deus, reconhecendo a nossa dependência total, isto é, nossa condição de miserabilidade e que precisamos Dele para viver e cumprir o Seu querer e que não podemos fazer isso por nós mesmos.
Mas como viver a vontade de Deus neste mundo? Somente pelo conhecimento de Deus e da Sua obra em nossa vida, e não temos outro lugar a procurar para compreender sobre a Sua vontade que não seja na Sua própria palavra, pois é ela que nos concede o conhecimento sobre a Sua vontade e sobre quem Ele é, como podemos ler no livro de salmos, no capítulo dezenove, dos versos sete ao dez, que diz: “A lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro e ilumina os olhos. O temor do Senhor é límpido e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. ” (Salmos 19:7-10, BEARA).
Somente desenvolvemos o temor do Senhor, conhecemos os seus juízos e os desejamos ardentemente quando O conhecemos, e não existe outro lugar para conhecer, como para, também, julgar os que estão falando com relação ao Seu reino e Sua vontade que não nas Escrituras. Mas, mais que conhecimento, também, podermos viver neste mundo como Lhe agrada, expressando o Seu reino e a Sua vontade e sendo vasos para a Sua honra e glória.
Como o salmista expressou no verso quatorze: “As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, Senhor, rocha minha e redentor meu!” (Salmos 19:14, BEARA).
Nossas palavras serão agradáveis, o nosso meditar serão aprazíveis na presença de Deus e a nossa vida será expressão da Sua vontade quando a conhecermos, vivermos de modo digno da vocação a que fomos chamados, entendendo a Sua obra, a nossa salvação pela graça por meio da fé em Cristo Jesus. Só com entendimento espiritual é que compreenderemos o porque fomos removidos inteiramente deste mundo e transportados para o reino de Deus.
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