A vida cristã

Precisamos compreender como deve ser o nosso viver além da salvação. Recebemos a reconciliação por meio de Cristo Jesus, não para estarmos na presença de Deus, mas para revelá-Lo às pessoas, isto é, para levá-Lo a todas as pessoas com quem nos relacionamos.

Somos a luz deste mundo e como tal, temos a obrigação natural de expressarmos o que somos, o que recebemos e a quem representamos. Paulo escrevendo aos Filipenses, no capítulo dois, do verso um ao cinco, afirma: “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias,  completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.  Nada façais por partidarismo ou vanglória,  mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.  Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.  Tende em vós o mesmo sentimento  que houve também em Cristo Jesus,” (Filipenses 2:1-5, BEARA) .

Temos que entender que precisamos agir como Jesus. Ter a mesma atitude, mesmo sentimento e revelá-Lo por meio das nossas ações, para que como Ele, revelemos Deus ao mundo por meio da igreja, a comunidade dos santos.

A verdadeira vida cristã se revela não pelo conhecimento que temos, muito menos pelo que falamos, mas principalmente, pelo que fazemos diante das pessoas. É no fazer que revelamos o nosso Deus. E a nossa vida, como Cristo, deve ser permeada pela humildade, pela dependência completa de Deus para revelá-Lo ao mundo. Fomos capacitados, recebemos a autoridade do Espírito para vivermos como Ele nos nossos relacionamentos, seja na igreja ou no mundo.

Nossa vida deve ser caracterizada pelo empenho da unidade do corpo, revelando nos nossos relacionamentos a compaixão, amor, misericórdia pelas vidas, graça, bondade. Juntos devemos empenhar para que Cristo seja conhecido e isto só é possível quando somos um no cumprir do propósito e vontade do Senhor, como Ele orou. Temos que lembrar e ajudar uns aos outros a mantermos sempre alertas quanto ao propósito da igreja.

Nossas ações não podem ser permeadas pela ambição egoísta, não podemos nos julgar superiores ou melhores que outras pessoas. Precisamos cuidar não só dos nossos interesses, mas também dos interesses das outras pessoas.

O amor deve ser a base de nossa vida e dos nossos relacionamentos para que o Senhor Jesus seja expresso por meio das nossas ações, rejeitando toda obra do mal e não nos associando com quem as pratica e afirma ser irmão.

Ter a mesma atitude de Cristo que se esvaziou de si mesmo, para cumprir a vontade de Deus, é andarmos neste mundo de modo digno da nossa vocação, revelando e manifestando o nosso Pai ao mundo. Somente assim cumpriremos o nosso papel diante dos homens e seremos as cartas vivas que o Senhor deseja que sejamos diante das nações.

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