Somente andaremos de modo digno da vocação, do chamado que temos de nosso Deus e Pai, quando compreendermos a importância de ouvirmos as admoestações uns dos outros. Sujeitar-nos uns aos outros não quando é por meio da expressão de hierarquia e imposição institucional, mas, de reconhecimento e da visibilidade da maturidade no outro, de maneira a aceita-lo como conselheiro, como amigo, que deseja ver na vida uns dos outros a expressão das virtudes de Deus. Precisamos compreender o que significa sujeitar e principalmente, o que significa viver o reino de Deus.
Paulo, ensinando aos irmãos de Efésios, fala sobre isso em sua carta, no capítulo cinco, verso vinte e um: “sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. ” (Efésios 5:21, RA).
Sujeitar não se trata de submeter por imposição, mas pelo reconhecimento na vida do outro como modelo, do exemplo e do conhecimento de Deus diante da nossa imaturidade. Precisamos compreender que para poder admoestar ou mesmo ensinar não se trata de recitar a bíblia e nem versículos, mas de sermos exemplo, modelo, de revelar Cristo por meio das ações que realizamos, sermos o bom perfume de Cristo, agirmos como cartas vivas.
É notório observar a falta de compromisso com o Reino, com a palavra no sentido de compreendendo a vontade de Deus, vivermos no presente século como cidadãos do Seu reino, revelando-O diante das pessoas. Carecemos de líderes que exerçam influência e mostrem o caminho, que assumam a responsabilidade de conduzir crianças espirituais na jornada de amadurecimento e expressão de Cristo. Esta responsabilidade é de cada um de nós que compreendemos a vontade de Deus.
Vivemos uma crise de imaturidade geral, onde cada um vive segundo os próprios desejos do coração (não quer dizer que não desejem conhecer e nem viver a vontade de Deus), mas, falta de modo geral a compreensão do sacrifício e do compromisso pessoal com o Pai para honrá-Lo, servi-Lo e glorificar o Seu nome. Temos que parar e repensar o que estamos fazendo e como estamos fazendo, pois a nossa imaturidade será cobrada de nós diante do conhecimento que temos.
Devemos, não só, sermos comprometidos com o Reino e revelar este compromisso na expressão dos relacionamentos que temos tanto no corpo de Cristo, a Sua igreja, como através dos relacionamentos com pessoas que não conhecem a Deus, para que vendo a fragrância do conhecimento de Cristo, possam não só se sujeitarem ao ensino e ao modelo que somos, como para nós mesmos nos submetermos uns aos outros diante das admoestações recebidas uns dos outros em prol da expressão do reino de Deus.
Nosso compromisso não pode ser com instituição, nem com valores humanos, mas, com o Pai, com a Sua vontade e principalmente expressarmos quem Ele é ao mundo por meio da igreja, o corpo de Cristo, fazendo as Suas obras e revelando as Suas virtudes diante dos homens e a Sua multiforme sabedoria perante todo principado e potestade.
https://soundcloud.com/caminhar-na-graca/sujeitar-uns-aos-outros