Precisamos de um evangelho prático que traduza o nosso dia a dia, que nos ensine a viver as coisas conforme onde estamos e de acordo com que traduza a nossa realidade, não podemos e nem devemos viver uma religiosidade, não tem sentido o que não podemos viver e praticar no nosso dia a dia.

Paulo, escrevendo sua segunda carta, aos irmãos de Tessalônica, afirma, no capítulo um, nos versos onze e doze que diz: “Por isso, também não cessamos de orar por vós, para que o nosso Deus vos torne dignos da sua vocação e cumpra com poder todo propósito de bondade e obra de fé, a fim de que o nome de nosso Senhor Jesus seja glorificado em vós, e vós, nele, segundo a graça do nosso Deus e do Senhor Jesus Cristo.” (2 Tessalonicenses 1:11-12, BEARA).

Temos que nos tornar dignos da vocação chamada, precisamos cumprir com todo o propósito de bondade e obra de fé. Mas, por que precisamos fazer as obras que revelam a nossa fé? Para que o Senhor seja glorificado por meio das nossas vidas, isso foi o que Paulo disse e o motivo de Sua oração, mas como podemos viver revelando e glorificando o Senhor por meio das obras que realizamos?

O evangelho de nosso Senhor Jesus é simples, objetivo e prático e traduz o nosso dia a dia. Vivemos o evangelho não de forma etérea. O reino de Deus é algo que tem que ser traduzido no que fazemos no nosso viver diário, não se trata de religião, não se trata de “coisas espirituais”, mas, a materialização de uma realidade espiritual de maneira que as pessoas à nossa volta possam ver a Deus e o Seu reino neste mundo, por meio do convívio que tem conosco, como igreja do Senhor.

Por isso as obras que fazemos tem que revelar o reino de Deus, tem que manifestar as Suas virtudes, como: bondade e graça perante todas as pessoas, independente de sua origem, raça, cor, nível social ou mesmo religião. Quando somos e revelamos intolerância religiosa, não estamos manifestando e nem glorificando a Deus. Quando não somos educados, ou melhor, quando somos estúpidos, rudes e sem paciência com as pessoas, estamos manifestando a nossa natureza humana e não a natureza divina, pois não são as virtudes de Deus. Quando não demonstramos compaixão, não revelamos misericórdia, quando não concedemos o perdão, quando excluímos as pessoas, quando não enxergamos os simples e pobres, quando não tratamos com respeito. Tudo isso demonstra que não estamos praticando as obras que revelam e materializam o reino de Deus.

Todas essas obras, temos que rejeitar na nossa vida. E precisamos compreender que praticamos estas obras com as pessoas que estão perto de nós, à nossa volta, não com aqueles que estão em outras cidades, estados ou mesmo países.Revelamos o reino de Deus para aqueles que nos cercam, que fazem parte do nosso convívio no dia a dia. Por isso, a forma como uma esposa trata o marido não convertido, ou mesmo o marido trata a esposa. Ou como os filhos veem o relacionamento dos pais, como resolvem os conflitos, como respeitam ou não uns aos outros é que determinará o testemunho e a revelação do reino de Deus neste mundo. Estendendo um pouco mais, como lidamos com os conflitos na rua, no trabalho, na escola e tantas outras situações. Além disto, podemos olhar como a igreja lida com os problemas e dificuldades da sociedade também determinam o exemplo e modelo do que está revelando.

Somente glorificamos o Senhor Jesus, quando no processo de amadurecimento, deixamos as obras da carne e andamos segundo as que revelam a natureza e a vida do Criador que afirmamos ser o nosso Deus. Fazendo obras semelhantes ao Senhor Jesus é que Ele será glorificado por meio da nossa vida e da igreja diante do mundo que é o instrumento para Deus se revelar aos homens.

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