Quando olhamos a nação de Israel, a sua aliança com Deus, o propósito que tinham e avaliamos a sua infidelidade, essa está associada, na maioria das vezes, a se unir com os povos que tinham à sua volta, darem os filhos em casamento e adotarem os seus costumes e religiões. Na nova aliança a infidelidade não se dá através da união com pessoas de outras religiões, mas, na não compreensão de quem somos, do que recebemos e andarmos segundo o pensamento humano e não conforme o novo coração recebido.
Sobre a infidelidade de Israel, podemos ler no livro de salmos, no cento e seis, do verso trinta e quatro ao trinta e seis, e também nos versos trinta e nove, que diz: “Eles não mataram os pagãos como o Senhor Deus tinha mandado, mas casaram com aquela gente e imitaram os seus costumes pagãos. O povo de Deus adorou ídolos e por causa disso foi destruído.” (Salmos 106:34-36, NTLH) e “Fazendo essas coisas, eles se corromperam e foram infiéis a Deus.” (Salmos 106:39, NTLH).
Por isso, precisamos compreender sobre a fidelidade ao nosso Deus e ao cumprir da Sua vontade. Temos que entender quem somos, o que recebemos e como devemos viver neste mundo. Quando andamos segundo o pensamento do mundo, cheios de todo egoísmo, cuidando dos nossos interesses, buscando a nossa vontade, não nos preocupando com os outros e nem com o seu amadurecimento, estamos sendo infiéis, pois desonramos a Deus, não O revelamos, não manifestamos graça, misericórdia e compaixão diante dos homens.
Recebemos um novo coração, somos morada do Espírito Santo, fomos capacitados e habilitados, recebemos o poder e autoridade para vivermos como filhos de Deus, andando segundo a Sua vontade, mas quando escolhemos rejeitar isto e viver pelo que pensamos e achamos, sem conhecimento da vontade de Deus, sem nos empenharmos em conhecer a Deus e em cumprir o nosso papel neste mundo, estamos sendo infiéis, revelando que não amamos a Deus, não O glorificamos, e não somos Seus imitadores.
Como filhos, não podemos viver assim, não podemos ser infiéis à Sua vontade e nem glorifica-Lo por meio das nossas ações e palavras. Nossa vida deve e tem que revelar a Cristo. Temos que ser o bom perfume, cartas vivas que revelam a fragrância do Seu conhecimento, e temos que agir como Ele, sendo como Deus perante os homens, compreendendo o nosso papel de embaixadores, de imitadores de Deus, de sacerdotes do Seu reino, de filhos que somos para que o Pai seja glorificado por meio de nossas ações.
Que possamos aprender a sermos fiéis e a glorificarmos o Seu nome, e somente faremos isso, quando compreendemos quem somos e quando nos empenhamos em conhecer a Deus e a Sua vontade para as nossas vidas, e esta vontade não está fora da Sua palavra.
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