A questão para refletirmos, não é a consciência desta questão quanto a amar o mundo e as coisas nele contidas. Compreendemos que não podemos amar o mundo e nem o que está nele, pois sabemos que não procedem de Deus, mas o problema é se temos entendimento e consciência que o que temos amado pertence ou não ao mundo e se enxergamos assim.
João escrevendo em sua primeira carta, no capítulo dois, dos versos quinze ao dezessete, afirma: “Não amem o mundo, nem as coisas que há nele. Se vocês amam o mundo, não amam a Deus, o Pai. Nada que é deste mundo vem do Pai. Os maus desejos da natureza humana, a vontade de ter o que agrada aos olhos e o orgulho pelas coisas da vida, tudo isso não vem do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, com tudo aquilo que as pessoas cobiçam; porém aquele que faz a vontade de Deus vive para sempre.” (1 João 2:15-17, NTLH).
O que são os maus desejos da natureza humana, a vontade de ter o que agrada aos olhos e o orgulho pelas coisas da vida?
O ponto importante a refletir não é termos as coisas deste mundo, mas, se as usamos em favor do reino, ou se nos deixamos escravizar pelo pensamento deste mundo, se somos escravos e dominados por estes desejos, ou se estamos somente aproveitando as oportunidades e usando em favor da vontade de Deus.
Por isso, refletir sobre: por que desejamos? Temos corrido atrás das coisas desta vida como um objetivo maior e a razão do nosso viver? Por que queremos as coisas deste mundo? Por que o melhor carro? O melhor celular? Por que buscamos, gastamos e nos endividamos para termos bens materiais? Tudo que recebemos, isto é, todo o nosso rendimento como tem sido gasto? Empenhamos toda a nossa economia e rendimento para termos a casa no bairro mais sofisticado, no prédio mais luxuoso, fazemos investimento em coisas para que as pessoas vejam o quanto somos bem sucedidos? Gastamos nas melhores roupas para aparentarmos algo? No estudo, no trabalho, não nos preocupamos em revelar o reino, mas, em sermos os melhores, em termos as melhores posições, brigamos ferrenhamente para termos um cargo?
São nestas coisas que precisamos refletir o quanto o reino de Deus é importante para nós, o quanto temos rejeitado os valores e as “buscas” deste mundo e adotado o que é eterno em nossa vida. Temos que, como filhos de Deus, rejeitar tudo que procede do desejo segundo a natureza humana, carregado de egoísmo, de cobiça para adotarmos valores eternos que revelam graça, misericórdia, bondade e amor pelas pessoas que estão perdidas e cegas neste mundo. Temos que entender que fomos habilitados, capacitados para vivermos neste mundo como Deus, revelando a Sua natureza entre os homens, fazendo as obras que são Dele, para que as pessoas vejam estas boas obras e O glorifiquem.
Buscar o reino de Deus em primeiro lugar implica em: agindo como Seu filho, reconhecendo ser embaixador do reino, viver neste mundo revelando e manifestando as Suas virtudes entre as pessoas para que Ele seja glorificado, implica em obedecer e andar segundo a Sua vontade. Não tem como amar as coisas deste mundo e ao mesmo tempo viver a vontade de Deus, pois são totalmente diferentes.
https://soundcloud.com/sdt_vigilato/nao-amar-o-mundo-nem-o-que-ha-nele