Precisamos rever como temos andado diante de Deus, talvez, estejamos estabelecendo expectativa a um relacionamento equivocado com Ele, assim como a nação de Israel fez e que Ele falou por intermédio do profeta Malaquias, no capítulo três, versos treze e quatorze: “Vocês têm dito palavras duras contra mim, diz o Senhor. Ainda assim perguntam: o que temos falado contra ti? Vocês dizem: é inútil servir a Deus. O que ganhamos quando obedecemos aos seus preceitos e ficamos nos lamentando diante do Senhor dos Exércitos?” (Malaquias 3:13-14, NVI).
Quando queremos estabelecer com Deus uma relação baseada em troca de favores, estamos tratando-O como uma divindade, como os deuses que tem por objetivo satisfazer as necessidades dos homens, exigem sacrifício para dar-lhes o que desejam. Isto é uma relação de troca no sentido de fazermos o que agrada a este deus e recebermos em troca favores, benesses, sendo portanto, recompensados com bens materiais, com uma situação de vida tranquila neste mundo, ricos e sem problemas.
Quando entramos neste tipo de relacionamento com o Deus verdadeiro, com o Único, então estamos fundamentando esta relação em base equivocada e não experimentaremos a verdadeira vida e nem O conheceremos como deseja ser conhecido, como teremos as nossas expectativas frustradas, pois os nossos sonhos nem sempre serão realizados.
Deus não quer que os homens estabeleçam com Ele uma relação de troca de favores, Ele não deseja que O adoremos, O sirvamos para que tenhamos as recompensas materiais que buscamos. Não é isto que Deus planejou e nem estabeleceu para nós.
Ele deseja estabelecer um relacionamento de amor com os homens, de conhecimento, de aprofundamento de relação de maneira que andemos com Ele, que sejamos semelhantes a Ele, que participemos da Sua vida, que tenhamos plenitude de vida, que vivamos segundo a Sua natureza e experimentemos da eternidade junto com Ele.
A vida eterna está, como Jesus disse, no conhecer a Deus, mas não no conhecimento teórico sobre Ele, e sim, no aprofundamento, na fusão de vida. Ele nos reconcilia com Ele, nos faz participantes, revivifica o nosso espírito, para termos e experimentarmos da verdadeira vida. A verdadeira relação não está no que ganhamos, mas no que podemos, no que oferecemos ao outro como expressão de amor. Assim como Ele se ofereceu por nós para nos reconciliar com Ele, devemos nos oferecer, colocar a nossa vida como uma oferta em Suas mãos para sermos semelhante a Ele, para O expressarmos neste mundo, para revelarmos a fragrância do Seu conhecimento.
Assim como entre um homem e uma mulher no casamento, o verdadeiro significado está na relação, no conhecer e compreender um ao outro, assim é com Deus, Ele deseja que nós nos submetamos, assim como o homem e mulher devem se submeter um ao outro, para atender as necessidades do outro, assim Ele quer que nos submetamos a Ele, que vivamos como Seus filhos neste mundo, imitando-O em todas as coisas.
Na reconciliação que recebemos, não porque merecemos, mas por causa da Sua graça, por meio da fé em Cristo Jesus, recebemos da Sua vida, do Seu poder e autoridade para vivermos neste mundo entre os homens, sendo Seus imitadores como filhos, revelando as Suas virtudes para que o Seu reino seja revelado entre os homens, mas isto só é possível se compreendermos a relação que Deus planejou para nós desde a nossa criação.
[…] Fonte: Uma relação equivocada […]