No evangelho de João, no capítulo um, no verso vinte e nove, quando João Batista, estava batizando, vê Jesus, dá o seguinte testemunho acerca Dele: “No dia seguinte, João viu Jesus aproximando-se e disse: vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!” (João 1:29, NVI).
Será que compreendemos a profundidade desta declaração de João Batista? Quando compreendemos o plano de Deus para nos resgatar, nos reconciliar com Ele, sim, mas se não olharmos nesta perspectiva não entenderemos.
Com a convicção de não fazer o que Deus determinara quando criou o homem e o colocou no mundo, quando este decidiu que queria ser igual a Deus, ser senhor do seu destino, ser como Ele, nós, homens, condenamos a nós mesmos, pois fomos removidos da Sua presença, fomos separado Dele. E por causa deste ato de desobediência, que não foi só cometido por Adão, mas nós o cometemos hoje, cada um de nós, quando decidimos viver a nossa vida, do nosso jeito e sem Deus, então, estamos reafirmando a mesma decisão de Adão e portanto, estamos mortos em nossos pecados, estamos separados de Deus.
Quando vivemos de forma contrária à natureza de Deus, sendo senhores de nós mesmos, e querendo ser senhores do nosso destino, na realidade, nos tornamos escravos do pecado. A única forma da libertação deste domínio, desta escravidão é através do derramar de sangue, através da morte. Mas, para haver o perdão é necessário que este ato seja realizado por quem não tem defeito, como determina a lei. Na lei, somente um cordeiro sem defeito poderia ser oferecido no lugar do homem quando este pecava, este ritual, simbolizava justamente o que Jesus faria em nosso favor, como o Cordeiro de Deus. Ele se ofereceu, sem pecado, para morrer em nosso lugar para que assim, ao crermos neste ato que Ele fez em nosso lugar, pudéssemos ser salvos, reconciliados com Deus, pois a salvação é a reconciliação com Deus.
Quando recebemos a reconciliação pela graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus, crendo que a Sua obra na cruz, morrendo em nosso lugar, é única e suficiente para recebermos o perdão de Deus e a Ele nos submetermos, somos então, libertos do domínio do pecado, somos feitos livres, para nos oferecermos como servos de Deus, agora como filhos, mas servos da justiça, para fazer Deus conhecido diante dos homens.
Por meio da cruz recebemos o perdão do pecado, recebemos a reconciliação com Deus, recebemos o Espírito Santo, somos templo de Deus, e Ele nos conduz, ensina e capacita para vivermos neste mundo como Seus filhos. Recebemos da natureza de Deus, da vida eterna do Criador, para que, neste mundo, vivamos como Seus imitadores, agindo como Ele, fazendo as mesmas obras diante dos homens, somos feitos servos da justiça, pois fomos comprados por alto preço e devemos viver a nossa vida neste mundo conforme a vontade do Pai. Temos que entender que somos propriedade de Deus, nação santa, povo exclusivo para proclamar, revelar, manifestar as virtudes de Deus perante os homens.
A consciência, o entendimento da obra de Cristo na cruz, como o Cordeiro de Deus, tem que nos conduzir ao entendimento de como devemos viver neste mundo, oferecendo-nos a Deus, como uma oferta de maneira que Ele, por nosso intermédio, mediante a capacitação recebida, manifeste-se ao mundo, pois temos e devemos, como filhos, como obrigação natural de quem somos, de viver como Deus perante os homens.
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