A declaração de justo

Quando somos justos diante de Deus? Qual a expressão que fomos justificados?

Precisamos compreender estas coisas básicas do evangelho de Jesus Cristo e assim, pela fé, sabermos que Deus nos aceita em Sua presença.

Não se trata do que falamos, do que pensamos, mas, de como expressamos o que falamos, a motivação que nos move. Não se trata da nossa religiosidade e nem de nossas crenças, mas, de como expressamos o que cremos por meio das obras que realizamos.

Sabemos que a salvação, a reconciliação com Deus não depende de nós, mas da Sua graça, por meio da fé em Cristo Jesus, pois Ele morreu na cruz em nosso lugar, verteu o Seu sangue e é por meio da cruz, da obra que Jesus realizou, temos acesso ao Pai, pois é o Seu sangue que nos purifica e nos apresenta em Sua presença santos, inculpáveis e irrepreensíveis.

Nós somos justificados por meio da obra de Cristo na cruz, isto não depende de nós e não tem nada que possamos fazer por nós mesmos para alcançarmos a salvação. Não podemos nos justificar diante de Deus.

Agora, tendo a consciência que somos salvos pela graça de Deus, por meio da fé em Cristo Jesus, como devemos viver neste mundo, pois não se trata somente de uma questão de crer, mas de expressar por meio de obras o que cremos como Tiago escreveu.

Se afirmarmos que cremos, então temos que viver segundo o poder e autoridade que o Espírito Santo derramou em nossa vida. Temos que viver neste mundo segundo a vontade de Deus, expressando e revelando Deus por meio das obras que fazemos. Temos uma jornada de amadurecimento, de corrermos rumo à semelhança com o Senhor, para chegarmos a plenitude de Cristo.

Mas, como está na carta aos romanos, no capítulo 2, do verso 1 ao 3, ele falando sobre a atitude dos judeus, Paulo afirma:  “Por que quem pensa que julga os outros e não julga a si mesmo e pratica as mesmas obras, escapará do juízo de Deus?” (Romanos 2:1-3, NVI).

E ele fala mais ainda, nos versos 5 e 6: “Contudo, por causa da sua teimosia e do seu coração obstinado, você está acumulando ira contra você mesmo, para o dia da ira de Deus, quando se revelará o seu justo julgamento. Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento.” (Romanos 2:5-6 , NVI)

E complementa dos versos 7 ao verso 11: “Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem buscam glória, honra e imortalidade. Mas haverá irá e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça. Haverá tribulação e angústia para todo ser humano que pratica o mal: primeiro para o judeu, depois para o grego; mas glória, honra e paz para todo o que pratica o bem: primeiro para o judeu, depois para o grego. Pois em Deus não há parcialidade.” (Romanos 2: 7-11, NVI)

Por isso, precisamos julgar a nós mesmos, julgar a nossa motivação, o porquê fazemos as coisas, pois não se trata do que cremos, de sermos salvos, mas, do quanto revelamos a salvação recebida por meio das obras. Não se trata de apontar, culpar e julgar os outros, mas o quanto temos caminhado no sentido de santificar o nosso procedimento e rejeitar o pecado em nossa vida. Não é nosso papel julgar, apontar e ver o defeito dos outros, mas, olharmos para nós mesmos, e na dependência do Espírito, caminharmos rumo à semelhança com o Senhor, para em tudo sermos expressão de Deus neste mundo.

Quem nos declara justos é Deus por meio da obra de Cristo na cruz, mas revelamos o caráter de justo pela forma como vivemos e revelamos Deus por meio das nossas obras, pois em nada adianta dizermos que somos cristãos se vivermos apontando o pecado e erro dos outros (o cisco) enquanto temos uma trave em nossos olhos como Jesus afirmou no sermão da  montanha.

https://soundcloud.com/sdt_vigilato/a-declaracao-de-justo