Quando olhamos e compreendemos os mandamentos (decretos) estabelecidos por Deus que estão alinhados com a Sua natureza, quando ouvimos a palavra de Jesus sobre mandamentos, amar uns aos outros, compreendermos que a justiça de Deus não está na condenação, mas no repartir da Sua vida, em fazê-Lo conhecido pelo homem, realizar toda a obra necessária para que, pela graça de Deus, por meio da fé, todos possam ser reconciliados com Ele e experimentar a Sua vida.

Cristo morreu por nós, e com a Sua morte, nos libertou do domínio do pecado para vivermos neste mundo conforme a vontade do Pai. Ele não nos deixou sozinhos, mas enviou o Espírito Santo para em nós fazer morada. O Espírito Santo derramou abundantemente da vida de Deus, do poder e autoridade, capacitando-nos para vivermos neste mundo segundo a natureza de Deus, para que, compreendendo a obra de Cristo na cruz, pudéssemos rejeitar tudo que provêm da natureza humana e assim viver, aqui agora, o Seu reino, revelando-O aos homens, por meio das nossas obras, pois estas devem glorificar a Deus.

Mas o que fazemos com tudo isso? Rejeitamos, nos esquecemos e nos voltamos para um processo religioso que nega tudo o que Deus fez. Começamos a criar escala de pecados e condenamos os homens. Por causa da moralidade hipócrita achamos que um pecado é mais sério e crítico que outro. Somos intolerantes com as pessoas (não com o pecado), isto porque são assassinos, ladrões, pedófilos, descemos a lenha no homossexual como se fosse o maior repúdio que devêssemos praticar e que este tipo de gente deveria padecer no inferno.

Com esta atitude declaramos a nossa ignorância sobre Deus, com o total desconhecimento da Sua palavra. Na carta aos romanos, Paulo, no primeiro capítulo, do verso 28 ao 32 faz a seguinte declaração, falando acerca da atitude dos homens, todos eles: “Além do mais, visto que desprezaram (os homens) ao conhecimento de Deus, ele os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem o que não devia. Tornaram-se cheios de toda sorte de injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio, rivalidades, engano e malícia. São bisbilhoteiros, caluniadores, inimigos de Deus, insolentes, arrogantes e presunçosos; inventam maneiras de praticar o mal; desobedecem a seus pais; são insensatos, desleais, sem amor pela família, implacáveis. Embora conheçam o justo decreto de Deus, de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte, não somente continuam a praticá-las, mas também aprovam aqueles que as praticam.” (Romanos 1:28-32, NVI).

Dá para dormir com este barulho que Paulo provoca em nossos ouvidos? Ou ainda não enxergamos e nem ouvimos?

Criticamos, repudiamos o que consideramos ser a escória da sociedade, mas nos esquecemos destas palavras tão simples, diretas e claras que afetam as nossas vidas e aceitamos de forma tão natural no nosso meio religioso.

Será que repudiamos com o mesmo grau de severidade em nosso meio, não as pessoas, mas o pecado? Pecados, transgressões do decreto de Deus, como: mentira, hipocrisia, malícia, calúnia, arrogância, deslealdade, desrespeito pelas pessoas, a inveja, e tantos outros relacionados por Paulo?

Será que estamos prontos para ouvir as palavras do Senhor naquele dia: “apartai-vos de mim eu jamais vos conheci”?

Precisamos entender e praticar uma coisa definitivamente, segundo a religião que agrada a Deus: não estamos aqui para condenar o mundo, mas para salvar. Não estamos aqui para sermos juízes dos homens, mas para agir como Deus perante eles. Não estamos aqui para agirmos como moralistas e hipócritas religiosos, mas, como cristãos, sendo o próximo das pessoas que necessitam e precisam conhecer a Deus.

Que possamos compreender os justos decretos de Deus e vivermos conforme é a Sua vontade, expressando o Seu reino, manifestando a Sua glória, agindo como Ele diante dos homens, pois só assim, seremos a luz que precisamos ser, somente assim os homens verão as boas obras e glorificarão a Deus e se voltarão para Ele.

https://soundcloud.com/sdt_vigilato/os-justos-decretos-de-deus