Vivemos uma perspectiva religiosa muito equivocada e egoísta voltada para nós, para as nossas necessidades e nossos desejos. Restringimos nossa vida à salvação, a compreensão de que somos salvos pela fé em Cristo Jesus e que está tudo pronto e concluído e não pensamos além disto e nem para o que devemos viver.

Não se trata da nossa vida, dos nossos desejos, de nossa vontade e do nosso problema, mas, do plano de Deus, do Seu propósito e para quê estamos aqui neste mundo. Temos que compreender quem somos, nosso papel, nossa responsabilidade perante Deus e os homens e qual a razão da nossa existência.

Deus nos criou para revelar, manifestar o Seu nome, a Sua glória, para não só proclamarmos sobre Ele, mas, proclamá-Lo por meio de nossas vidas e nossas ações o Deus que afirmamos conhecer, por isso, temos que ser a Sua expressão neste mundo, temos que agir como Ele perante os homens. Como o salmista, afirmou no salmo 48, temos que louvar, glorificara Deus: ” Grande é o Senhor e mui digno de ser louvado,  …” (Salmos 48:1, RA), e este ato de glorificar em palavras e ações, tem o propósito de, como está no verso 13 do salmo 48: ” …,  para narrardes às gerações vindouras  que este é Deus,  o nosso Deus para todo o sempre;  ele será nosso guia até à morte.” (Salmos 48:13-14, RA).

Tendo o entendimento que proclamamos a glória, que nossa vida é expressão de louvor a Deus, que temos que agir como Ele perante os homens para que a razão da nossa existência neste mundo se cumpra, pois assim como o Senhor falou a Saulo, nós também temos a responsabilidade, pois somos enviados às nações para levar a libertação aos homens, como está em atos, no capítulo 26: “livrando-te do povo e dos gentios, para os quais eu te envio,  para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim.” (Atos 26:17-18, RA).

Não podemos levar libertação se andamos como escravos do pecado, sob o seu domínio, não podemos louvar e glorificar a Deus por meio das nossas vidas se não andamos conforme a natureza do Criador, não podemos ser luz neste mundo, andando segundo o pensamento e ações dos homens. Temos que ter o entendimento que fomos libertos do domínio do pecado, que recebemos o poder e a autoridade, concedidos pelo Espírito Santo, para vivermos conforme a vontade de Deus, andando conforme o plano e querer de Deus, revelando o reino aqui, agora, onde estamos. Mas, mais que isto, somos como cartas vivas, como o bom perfume de Cristo, levando vida e libertação a todos os homens. Temos o papel de conduzir a humanidade a Cristo, como reconciliadores dos homens com Deus, por isso, não podemos viver segundo o curso deste mundo, e nem permitir que a nossa vida não seja uma expressão de louvor ao Pai.

Que possamos compreender o nosso papel neste lugar, a nossa responsabilidade e andarmos, segundo a natureza que recebemos, pois qualquer ato, qualquer fruto da carne não pode ser expressão em nossa vida, por isso, precisamos rejeitar todo egoísmo, orgulho, arrogância, hipocrisia, escravidão ao dinheiro, inveja, ciúme, toda causa própria, atos de discórdia.

Somos filhos de Deus, chamados para a Sua glória, para sermos expressão de louvor ao Seu nome e como embaixadores revelarmos os valores do reino e conduzir os homens a Ele.

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