Será que compreendemos o que significa ser santo, separado, para Deus, ser um povo de Sua propriedade exclusiva, chamados para ser santo? Temos (a maioria de nós), um entendimento equivocado de santidade e ser separado. Normalmente pensamos no aspecto físico, na separação física do que seja profano e não entendemos que não se trata de uma separação física, mas requer um entendimento, uma compreensão de quem somos, da obra de Deus realizada em nós e o porquê do propósito de Deus para as nossas vidas neste mundo.
Em Deuteronômios, no capítulo 28, no verso 9, Moisés falando ao povo, instruindo sobre como deveriam viver e as promessas que tinha, fala ao povo: “O Senhor te constituirá para si em povo santo, como te tem jurado, quando guardares os mandamentos do Senhor, teu Deus, e andares nos seus caminhos.” (Deuteronômio 28:9, RA)
O requisito para ser um povo santo, separado, implica em guardar os mandamentos (isto é, obedecer) e andar nos caminhos ensinados pelo Senhor. Na época de Israel, implicava, em obediência a lei, aos mandamentos, e a uma separação dos atos e práticas cometidas pelas nações em volta de Israel.
A nova aliança, está além de uma prática externa, de uma atitude de separação física do meio dos pecadores, mas, em ser expressão do Deus vivo. Temos o exemplo de expressão na vida de Estevão, que além de fiel às promessas, ainda, pelo que era expressava uma santidade ao Deus vivo e verdadeiro, conforme podemos ler os testemunhos em atos: “Todos os que estavam assentados no Sinédrio, fitando os olhos em Estêvão, viram o seu rosto como se fosse rosto de anjo.” (Atos 6:15, RA).
A santidade está relacionado à forma de vivermos, de como encaramos os mandamentos e ensinamentos de Jesus. É uma demonstração de alinhamento com a vontade de Deus. Não se trata do que cremos ou falamos, mas o conjunto todo: o que cremos, falamos, mas principalmente a expressão do que somos por meio das nossas ações.
Ser santidade, ser um povo santo, está na compreensão da obra de Deus em nossa vida, da Sua obra de reconciliação, no novo coração, na nova criatura que Ele nos fez. Ele nos reconciliou, nos deu do Seu Espírito, nos ajuda, nos capacita, nos concede da Sua vida para vivermos neste mundo segundo a Sua natureza, pois compartilha conosco da Sua vida e da Sua natureza para vivermos neste mundo segundo os valores eternos.
Este é o fundamento de uma vida santa, de uma vida segundo a vontade de Deus. A consciência da transformação, a convicção das palavras proferidas por Deus: porque Ele falou, então cremos. E por crermos no que Ele falou, então vivemos segundo a Sua vontade neste mundo. Não se trata de opção, de alternativa, mas de convicção do que Deus falou e fez em nossas vidas para sermos um povo que anda segundo a Sua vontade e Seu querer, revelando no mundo, entre os pecadores, as obras que glorificam a Deus, que manifestam as Suas virtudes entre os homens.
Um povo santo e separado para Deus não quer dizer um povo isolado, mas, um povo que compreendendo quem é, vive no mundo, no meio dos pecadores, realizando as obras de Deus para que os homens vejam a luz, e ao verem a luz, glorifiquem a Deus pelas boas obras que são realizadas.
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