Quando lemos as palavras proferidas por Jesus, as cartas dos apóstolos, os ensinos, o que quer dizer as boas novas, do que fala o reino de Deus, então aprendemos a julgar as palavras que ouvimos e a rejeitarmos tudo que não procede e nem esteja alinhado com a vontade de Deus.
Jesus após falar com os discípulos sobre o fermento dos fariseus, e eles conseguem no final compreender do que Ele estava falando, em Mateus 16, no verso 12, afirma: “Então, entenderam que não lhes dissera que se acautelassem do fermento de pães, mas da doutrina dos fariseus e dos saduceus.” (Mateus 16:12, RA).
Então, refletimos: que doutrina é esta? Que ensinamentos são estes? Com o que devemos nos preocupar?
Temos que analisar com base nas interações que Jesus desenvolveu com eles, sobre o que discutiam, quais eram as suas preocupações. Destas podemos deduzir o tipo de ensino que eles tanto se preocupavam.
Eles falavam e reforçavam sempre a questão da aparência, do que era possível ser observado, ou seja, de lavar as mãos (rituais), de guardar o sábado no que tange a fazer boas obras, mas não deixar que os seus bens se perdessem neste dia, de obedecer ensinos que não estavam na lei, mas que tinham aparência de sabedoria, de não se misturar com o pecador, com o necessitado, suas ações demonstravam que tinham uma preocupação com a aparência, em serem vistos, e se achavam melhores que os outros, superiores.
Todo ensino que esteja voltado para mostrar, demonstrar ostentação, aparência externa, regras que se aplicam a uma hipocrisia religiosa, que não se preocupa com o outro, que não revela compaixão, nem com o exercer justiça, são obras e ensinos de homem que traduzem o fermento dos fariseus.
Mas qual foi o ensino de Jesus? O que Ele falava? Podemos ler dos versos 24 ao 26, do mesmo capítulo o que Jesus estava ensinando: “Então, disse Jesus a seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me. Porquanto, quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á. Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou que dará o homem em troca da sua alma?” (Mateus 16:24-26, RA).
Negar a nós mesmos está relacionado a não buscarmos os nossos interesses, a morrermos para tudo que seja aparência, regras exteriores, desejos e pensamentos deste mundo. Implica em rejeitar todo o pensamento do mundo e ensino que está arraigado no coração natural que é egoísta e cheio de orgulho. Tomar a cruz está no fato de reconhecermos como instrumento de morte, que devemos lembrar que temos que fazer morrer a natureza humana e as suas paixões. E seguí-Lo quer dizer que devemos ser Seus imitadores, ou seja, vivermos em favor dos outros, revelar a justiça do reino, demonstrar compaixão, misericórdia e revelar obras que manifestam a justiça de Deus entre os homens.
Somente deixando de viver para os nossos sonhos e desejos egoístas é que poderemos viver o reino de Deus de forma plena, não só no presente século, manifestando a Sua vontade entre os homens, como na eternidade, no novo céu e nova terra, como prometido pelo Senhor.