Tendo recebido da graça de Deus de forma abundante, tendo o entendimento da salvação por meio de Jesus Cristo, sendo agraciados com a reconciliação, termos sido inseridos na vida de Deus, sermos morada do Espírito Santo que nos capacita, nos habilita pelo Seu poder e autoridade a vivermos neste mundo conforme a vontade de Deus, manifestando a Sua vida entre os homens… Por que continuamos com atitude de cegos e desconhecedores das virtudes que temos que revelar?
Jesus, anunciando as boas novas aos homens, fala o seguinte para os seus discípulos e podemos observar a resposta dos mesmos: “E, chamando Jesus os seus discípulos, disse: Tenho compaixão desta gente, porque há três dias que permanece comigo e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça pelo caminho. Mas os discípulos lhe disseram: Onde haverá neste deserto tantos pães para fartar tão grande multidão?” (Mateus 15:32-33, RA),
Esta seria a segunda multiplicação de pães. Ele já havia alimentado uma multidão maior. Mas o que faltava aos discípulos? Compaixão pelas pessoas. Vendo, não conseguiam sentir compaixão, mas pensavam que elas deveriam resolver os seus problemas (que no caso era a sua fome).
Mas e nós? Como temos agido diante das multidões que estão cegas? Como nos portamos diante das pessoas que precisam que revelemos a luz que somos neste mundo? Estamos tão preocupados conosco, com as nossas necessidades que esquecemos ou não compreendemos quem somos e o nosso papel neste mundo?
Precisamos ter o entendimento claro do que seja viver o reino de Deus, de fazer parte da vida Dele e de nossa responsabilidade, como atalaia (sentinela, vigia) perante as pessoas que estão perdidas e cegas quanto a realidade espiritual. Tivemos a nossa vista restaurada, e recebemos da vida de Deus, do poder e autoridade do Espírito Santo, não para andarmos neste mundo como se deste fôssemos. Não podemos manter o mesmo estilo de vida, os mesmos sonhos, os mesmos desejos que as pessoas que não conhecem o reino de Deus.
Fomos chamados para sermos sal da terra, luz do mundo, para revelarmos as virtudes de Deus, para manifestarmos misericórdia, graça, compaixão, para que a nossa vida seja oferecida como oferta agradável a Deus para que sejamos instrumentos úteis ao reino. Como Jesus, não podemos viver a nossa vontade, mas a do Pai. O nosso propósito de vida deve ser a vontade de Deus, nada mais, nada menos que isto.