Somos tão limitados de entendimento, tão egoístas em nossas ações, tão preguiçosos quanto à busca do entendimento e compreensão da vontade de Deus, e não fazemos o principal que é buscar conhecê-Lo a Deus. Temos que abandonar a nossa religiosidade, nossa cultura cheia de valores distorcidos e que em nada traduz a vontade de Deus.
Prendemos-nos em nós mesmos, voltamos para nós mesmos e esquecemos o nosso papel neste mundo como filhos de Deus, inclusive esquecemos que somos filhos, que temos um papel para desempenhar e nos prendemos nos conceitos religiosos e achamos que Deus existe para atender aos nossos desejos e necessidades e que a nossa vida se resume a cultos e reuniões quando estamos falando de reino de Deus.
Quando olhamos o exemplo de Jesus podemos observar o quanto estamos fora do plano e da vontade de Deus. No evangelho de Mateus, no capítulo 14, no verso 14 podemos ver que Jesus demonstra, primeiramente, compaixão pelas pessoas, coisa que não compreendemos de fato o que seja, pois se tivéssemos o entendimento, talvez nossa postura seria diferente de tantas pessoas que precisam e tem sede de Deus na sua ignorância.
Depois, os discípulos, tomam a decisão de sugerir a Jesus que despeça as pessoas para que vão e procurem comida, e então Jesus, no verso 16, fala que eles deveriam dar comida, como podemos ler:
“Jesus, porém, lhes disse: Não precisam retirar-se; dai-lhes, vós mesmos, de comer.” (Mateus 14:16, RA)
O que precisamos entender? Primeiramente, que temos uma obra a ser conduzida, um papel a ser desempenhado neste mundo e o que deve nos mover é a compaixão, é o nos colocarmos no lugar dos outros e fazermos o que for preciso por elas.
O ponto mais importante é a questão da obra que temos que realizar é impossível de ser realizada pelo nosso esforço, mas tem que haver a dependência de Deus, a dependência completa para o realizar de milagres que viabilizam esta obra, para que não haja qualquer raiz de orgulho em nossa vida.
Não estamos aqui para realizar o nosso sonho, não é para a busca dos nossos interesses, mas compreendendo quem somos, o que recebemos de Deus, o poder e autoridade que fomos revestidos. Devemos, sabendo que o mundo está perdido e cego, nos colocarmos nas mãos de Deus, oferecer os nossos membros como um sacrifício vivo, como uma oferta voluntária para que a Sua vontade se cumpra por meio de nós, para que conhecendo a Deus, conhecendo a Sua vontade, possamos, baseados na compaixão, alimentar o mundo com as verdades e valores eternos do Criador.
Temos que conhecer a Deus, temos que ter intimidade com o Pai, temos que entender a Sua vontade para, baseado na compaixão, alimentar o mundo, revelando as Suas obras, pois somos o sal da terra e a luz do mundo. E as obras que praticamos tem que revelar o Pai. E ao observarem a luz que somos, os homens a verão luz e glorificarão o Pai por causa do que fazemos.
Temos que rever o que temos feito, temos que praticar obras de justiça que exceda em muito a justiça e as obras dos religiosos deste século, como Jesus recomendou que deveríamos fazer com relação aos fariseus.
Vamos alimentar o mundo com obras de justiça, com obras que manifestam compaixão, que revelam ao mundo a luz que somos.