Temos a seguinte situação: Pilatos interroga Jesus, não vê culpa e deseja soltá-lo, mas a “multidão”, incitada pelos religiosos, clama pela Sua condenação. Pilatos cede à pressão da “multidão” e entrega Jesus para ser crucificado, isto está em Lucas 23:23-25, como podemos ler: “Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu. Então, Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. Soltou aquele que estava encarcerado por causa da sedição e do homicídio, a quem eles pediam; e, quanto a Jesus, entregou-o à vontade deles. ” (Lucas 23:23-25, RA).
Que lição podemos tirar desta situação? O que podemos aprender? Isto irá depender do compreender quem somos diante de Deus. Como filhos, como conhecedores da verdade eterna, como participantes do reino de Deus, tendo recebido o Espírito Santo, recebido o poder, autoridade, para viver como agrada a Deus. Não podemos ceder à pressão da “multidão”, no nosso caso, ao pensamento deste mundo, não podemos seguir a voz do “povo” e imitarmos esta “multidão” em todos os seus atos.
Temos que nos ver e compreender que por sermos sal da terra e luz deste mundo, fomos colocados por Deus, perante os homens, como líderes, pessoas que tem o papel de influenciar outras e não sermos influenciados. É o conceito discutido no velho testamento de ser cabeça e não cauda. É o mesmo que Davi afirmou no livro de salmos 32, verso 9: ” Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem. ” (Salmos 32:9, RA).
Temos que entender o nosso papel e função: revelar as virtudes de Deus, andar segundo os valores eternos do Criador e não nos deixar ser controlados pelo pecado, pelos desejos do nosso pensamento e nem dominados por nossa alma, mas, vivendo segundo as virtudes do Criador. Influenciamos e propagamos as verdades eternas pelas as nossas ações e falando quando necessário.
Não existe outra maneira de viver, não existe outra condição para os filhos de Deus. Tendo experimentado a vida eterna, tendo recebido a libertação do domínio do pecado, a libertação da escravidão deste mundo, não cedendo e nem andando segundo as regras do consumismo, não praticando a avareza, nem sendo egoístas, mas antes, mesmo que sejamos uma voz no deserto, praticaremos e andaremos contra a correnteza, não fazendo o que é o pensamento corrente, mas andando segundo a verdade eterna, conforme o caráter de Deus.
Como líderes no mundo, com o papel de influenciar, de conduzir os homens a Deus, reconciliando-os com o Criador, não existe outra maneira de viver que não seja de forma contrária aos valores transitórios desta vida. Não podemos nos omitir diante do clamor da “multidão”, mas temos que andar segundo a verdade eterna que conhecemos, sendo sal, sendo luz e buscando o reino de Deus em primeiro lugar para que o Pai seja conhecido a todos os homens.
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