Quando Jesus estava respondendo se devia ou não pagar tributo a Cesar, o que de fato estava sendo discutindo? Se deveria ou não pagar tributo? Ou se devemos ou não negociar valores, submetermos ao pensamento deste mundo ou não?
A resposta de Jesus foi com relação não ao que dar a Cesar, mas sim, darmos a Deus o que é de Deus. Podemos ler na passagem, Jesus argumentando com que o questionava: ” Mostrai-me um denário. De quem é a efígie e a inscrição? Prontamente disseram: De César. Então, lhes recomendou Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.” (Lucas 20:24-25, RA).
Sabemos que os tributos devemos pagar e não podemos sonegar, nem criar subterfúgios, não “comprarmos” recibos para termos os impostos reduzidos. Esta é uma discussão que não precisamos entrar, pois como cristãos compreendemos as nossas responsabilidades, sendo os impostos justos ou não, devidos ou não. Devemos proclamar sobre a sua injustiça, ou requerer uma aplicação justa do que é cobrado com relação a sociedade, mas não nos sujeitamos a sonegação.
Mas o que é de Deus que devemos dar? O Salmista responde sobre isso ao afirmar: “O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor é a fortaleza da minha vida; a quem temerei?” (Salmos 27:1, RA), Paulo também fala sobre isso na carta aos romanos, no capítulo 8, nos versos 31-38, quando fala da certeza do amor de Deus, do que passamos, nossas lutas, sofrimentos e dores. Mas principalmente, no capítulo 12 quando fala que devemos oferecer os nossos membros a Deus, e que precisamos nos transformar pela renovação da mente.
Precisamos compreender que não temos outra maneira de viver que não seja, concedendo a Deus todo tributo que louva ao Seu nome, que revela e manifesta aos homens a Sua glória, independente do que estamos passando, nossas lutas e temores, pois sabemos em quem confiamos e nas mãos de quem colocamos a nossa vida. E precisamos ter claro o entendimento que fomos reconciliados, salvos, para manifestarmos neste mundo os valores do reino de Deus, e que para isso, fomos capacitados, recebemos o poder (autoridade), concedida pelo Espírito Santo, para vivermos de maneira agradável a Deus, fazendo as Suas obras entre os homens, manifestando as Suas virtudes e proclamando, por meio de nossas ações os valores eternos do Reino de Deus. E precisamos mais, necessitamos compreender que as lutas, as tribulações tem o propósito de nos levar ao aperfeiçoamento e não se trata de uma punição e Deus por causa dos nossos pecados.
Não temos outra maneira de viver e andar, independente do que estamos passando, que não seja, vivendo segundo a vontade de Deus, não nos deixando corromper pelas preocupações e valores do pensamento do mundo. E ao fazermos assim, significa que estamos buscando o reino de Deus em primeiro lugar e toda a Sua justiça.
Caminhar na Graça 