Após entrar em Jerusalém, montado em um jumentinho, e tendo os discípulos glorificado a Deus por Jesus, os fariseus, falam o seguinte: “Ora, alguns dos fariseus lhe disseram em meio à multidão: Mestre, repreende os teus discípulos! Mas ele lhes respondeu: Asseguro-vos que, se eles se calarem, as próprias pedras clamarão. ” (Lucas 19:39-40, RA).
Não podemos conceber a ideia de não proclamar e não falar das verdades eternas, não podemos ser omissos, não podemos negligenciar tão grande salvação que Deus trás aos homens. É nossa responsabilidade fazer conhecida Sua vontade e querer a todas as pessoas que conhecemos.
Mas o que é importante compreendermos sobre como proclamar? O que devemos proclamar? O aspecto mais importante da proclamação está na frase de Francisco de Assim, quando ele fala que devemos pregar o evangelho e se necessário falar. O ato de proclamar envolve falar e a demonstração por meio de obras (ações) daquilo que falamos. Não é possível falar e não viver o evangelho, pois a nossa mensagem não será carregada do amor de Deus, como Paulo mesmo escreveu aos corintos: ” Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.” (1 Coríntios 13:1, RA). Não se trata de palavras, mas sim, palavras carregadas de significado, de vida, que revelam o amor de Deus.
Como podemos proclamar o evangelho através das ações (obras) que fazemos? Quando o que fazemos demonstram as virtudes de Deus, e isto não se refere a mim, ou a você, mas a nós. É função da igreja, não da pessoa individualmente, proclamar o evangelho. O que é pessoal é o compromisso com Deus no sentido de viver e andar segundo os Seus valores eternos, mas a manifestação do evangelho se dá por meio da igreja, do relacionamento entre as pessoas que possuem o mesmo compromisso com o Criador.
Nos relacionamentos revelamos as virtudes de Deus, falamos da Sua justiça, amor, graça, compaixão, misericórdia e bondade que nos são concedidas por meio do novo coração e mente que recebemos, por meio do novo nascimento. Tudo isso é derramado em nossas vidas pelo Espírito, que nos concede o poder, a autoridade, para vivermos neste mundo segundo a vontade de Deus e revelando o Seu reino entre os homens.
Não podemos nos calar diante desta graça imensurável, deste amor que se move em nosso favor para que possamos ser reconciliados e nos conduz, pacientemente, e de maneira longânime aos valores eternos e a semelhança com o Seu filho, Jesus Cristo, porque se não fizermos nada as pedras falarão por nós, e somos indesculpáveis diante de tanta maravilha.
Caminhar na Graça 