A questão da fidelidade

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. ” (Lucas 16:13, RA).

Uma das coisas que desprezamos e que exerce grande influência em nossa vida é a questão do dinheiro e o seu domínio sobre nós e que normalmente não consideramos ou não levamos tão a sério como precisamos. Somos ou não escravos do dinheiro? Como avaliamos?

Temos que aprender a avaliar as nossas questões não segundo a nossa perspectiva, mas julgarmos segundo a perspectiva eterna, conforme os valores de Deus. Podemos afirmar que não somos escravos do dinheiro, mas não é o que falamos que determina, mas sim, a nossa ação que irá confirmar o grau de influência que tem sobre nós.

Um pouco antes Jesus está discutindo a questão da fidelidade (do verso 10 ao 12) onde ele afirma que quem é fiel no pouco, também él no muito e quem é infiel no pouco, também é no muito.

É nesta perspectiva que devemos julgar as coisas. Não importa o quanto ganhamos, mas sim, o que fazemos e como ajudamos os outros com o que ganhamos. Tudo que recebemos gastamos conosco mesmos e com os “nossos” (filhos, esposa, mãe, pai…). Se tudo que ganhamos para a nossa sobrevivência está voltado unicamente para aqueles que amamos, não adianta pensarmos que ajudaremos os outros quando ganharmos mais. Ou se tudo o que ganhamos gastamos no consumo de coisa para nós, não adianta pensarmos que irá sobrar alguma coisa para ajudar os outros quando Deus nos abençoar e dobrar os nossos rendimentos.

Nossa fidelidade mede a quem servimos. Isto que precisamos entender. Se não aprendermos a repartir no pouco que recebemos, não repartiremos quando ganharmos mais. Se não somos capazes de fazer uma oferta e ajudar as pessoas com quem mantemos comunhão, não ajudaremos quando ganharmos o dobro ou o triplo. Se tudo que temos e recebemos gastamos nos nossos deleites e prazeres, nunca irá “sobrar” para ajudar a quem precisa. Nesta situação estamos agindo com egoísmo e temos sido escravos do dinheiro que temos recebido, pois não somos capazes de abrir mão dele em favor de outra vida.