Paulo escrevendo aos romanos fala-lhes o seguinte: “Quando eram escravos do pecado, vocês não faziam o que é direito. Porém o que é que vocês receberam de bom quando faziam aquelas coisas de que agora têm vergonha? Pois o resultado de tudo aquilo é a morte. Mas agora vocês foram libertados do pecado e são escravos de Deus. Com isso vocês ganham uma vida completamente dedicada a ele, e o resultado é que vocês terão a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte, mas o presente gratuito de Deus é a vida eterna, que temos em união com Cristo Jesus, o nosso Senhor.” (Romanos 6:20-23, NTLH).
O que podemos deduzir deste ensinamento e destas palavras é muito importante na compreensão de como buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus. Se não tivermos a noção clara da obra de Deus em nossa vida, continuaremos a viver da mesma maneira que fazíamos antes de conhecê-Lo, Sua vontade, Sua salvação por meio de Jesus Cristo.
O que precisamos entender é que éramos escravos do pecado e por mais que nos empenhássemos, por mais que nos esforçássemos não conseguiríamos viver a vontade de Deus, pois o pecado, uma vida fora da Sua vontade, vivendo de maneira contrária a natureza divina, nos dominava. Tudo que está relacionado ao homem natural, a sua vontade de ter domínio sobre o próprio destino, sua vontade, mesmo que genuína de fazer o bem, de pensar no outro em primeiro lugar, nem sempre se efetivava, pois o pecado tinha domínio sobre ele. Éramos por natureza egoístas, orgulhos, arrogantes, hipócritas, mentirosos, escravos de nossos desejos e a eles, mesmos que lutássemos, nos submetíamos.
Mas o que Cristo fez e nos propiciou na cruz foi a libertação do domínio do pecado. Ele, na cruz, nos libertou. Na cruz, Ele morreu e ressuscitou nos concedendo a habilitação para vivermos a vontade de Deus. Por isso precisamos compreender que, ou somos escravos do pecado ou somos escravos da vontade de Deus. Ele, na cruz, nos libertou, para que pudéssemos nos submeter à vontade de Deus, fazer a vontade que Ele planejou deste os tempos eternos que era andarmos segundo a natureza divina, manifestando e fazendo o que Ele faz.
Na cruz recebemos a vida de Deus, somos feitos templos, morada do Espírito Santo, Ele é o consolador que nos guiará em toda a vontade do Pai, que nos lembrará de todas as Suas palavras, Ele derrama de forma abundante em nossa vida a graça e o amor de Deus, Ele nos propicia da vida e da natureza de Deus, fazendo de nós coparticipantes da Sua vida. Tendo recebido o poder, a autoridade, como filhos de Deus, podemos agora, viver e andar segundo a Sua vontade.
Necessitamos compreender que tendo recebido tudo que precisamos, não podemos mais andar segundo a vontade do nosso pensamento, nossos desejos e nem nos submetendo à nossa vontade, conforme o coração natural, de acordo com a natureza humana, mas como seres espirituais, temos que viver pela natureza divina por meio de Cristo Jesus. Tendo este entendimento e compreendendo que fomos feito filhos e capacitados que somos em Deus tudo o que Ele deseja, podemos crer em Sua palavra e como filhos buscar a Sua vontade, e ao vivermos segundo a Sua vontade, praticando justiça, manifestando o amor, a graça, misericórdia, bondade e compaixão para os homens, vivemos assim, buscando em primeiro lugar o Seu reino. Não se trata de esforço, mas de condição natural como filhos que somos de revelar ao mundo o Deus que conhecemos.