Estendendo o evangelho, o reino de Deus além de cultos, de momentos de oração, de leitura da palavra e de devocionais que possamos fazer. Não se trata de tempo que ficamos com Deus, mas, o evangelho fala do tempo que revelamos Deus aos homens.
O evangelho do reino não fala de religiosidade, mas de uma vida prática, pragmática que revela em palavras e ações os valores de Deus, o Seu caráter entre os homens e manifesta as Suas virtudes.
O reino de Deus não trata de somente salvar, mas salvar para um propósito. Por isso, Paulo escrevendo a Tito afirmou: “Pois Deus revelou a sua graça para dar a salvação a todos. Essa graça nos ensina a abandonarmos a descrença e as paixões mundanas e a vivermos neste mundo uma vida prudente, correta e dedicada a Deus, enquanto ficamos esperando o dia feliz em que aparecerá a glória do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo. Foi ele quem se deu a si mesmo por nós, a fim de nos livrar de toda maldade e de nos purificar, fazendo de nós um povo que pertence somente a ele e que se dedica a fazer o bem.” (Tito 2:11-14, NTLH).
São estas coisas simples que precisamos compreender. Não se trata de religião, desta ou daquela denominação, de ser evangélico, ser crente, pentenconstal, católico, ou qualquer outra que queira identificar, criar, mas, de como vivemos, como fomos recebido no reino de Deus. Precisamos compreender que a salvação não depende de nosso esforço, nossa purificação não está no que fazemos, mas, no recebermos a graça de Deus que nos é oferecida. Precisamos entender que a salvação de nossa alma não depende de obras que façamos ou nos esforcemos, mas, única e exclusivamente da graça de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo, que na cruz cumpriu a justiça de Deus, levando sobre si os nossos pecados, e verteu o Seu sangue, para que por meio dele sejamos apresentados diante de Deus santos inculpáveis e irrepreensíveis.
Tendo o entendimento que somos recebidos no reino de Deus, quando nos arrependemos de viver fora da Sua vontade em nossos pecados, e nos voltando para Ele, nos sujeitando a Cristo como Senhor e único Salvador, então somos feitos filhos de Deus e participantes da glória e da graça divina. Esta graça nos conduz e nos ensina a renegar toda paixão, todo pensamento humano, todo egoísmo, orgulho e arrogância que são característicos da natureza humana, pecadora e separada de Deus.
Neste processo Deus nos ensina e nos conduz a vivermos o Seu reino, aqui e agora, neste mundo, neste corpo. Esta graça nos conduz a abandonarmos tudo que tem origem no pensamento e atitudes segundo a natureza humana. E Ele nos chama para sermos Seu povo exclusivo, separado para fazer o bem a todos, praticarmos boas obras, razão pela qual somos salvos. Ele não nos chamou para cultos que possamos fazer uma ou duas vezes por semana. Ele não nos chamou para sermos religiosos, mas para revelarmos quem Ele é ao mundo. Quando Jesus disse que somos o sal da terra e a luz do mundo, é sobre quem temos que ser neste mundo, sobre o tipo de obra que temos que praticar que Ele estava falando. Quando fazemos o bem aos homens estamos de fato revelando Deus. Nós, filhos de Deus, não seremos cobrados pelos pecados que cometemos, pois deles já fomos justificados, mas seremos cobrados pelo bem que deixamos de fazer para as pessoas. Este é o evangelho que Deus deseja que vivamos entre os homens, por isso precisamos correr a carreira proposta, precisamos santificar o procedimento, reconhecendo que é vivendo o reino, por meio do Espírito Santo pelo poder de Deus em nós derramado.