Pedro em sua carta afirma o seguinte: “As poucas pessoas que estavam nela (na arca com Noé), oito ao todo, foram salvas pela água. Aquela água representava o batismo, que agora salva vocês. Esse batismo não é lavar a sujeira do corpo, mas é o compromisso feito com Deus, o qual vem de uma consciência limpa. Essa salvação vem por meio da ressurreição de Jesus Cristo, que foi para o céu e está do lado direito de Deus, governando os anjos, as autoridades e os poderes do céu.” (1 Pedro 3:20-22, NTLH).
Como se expressa este compromisso pessoal assumido com Deus e o testemunho perante as pessoas, de que cada um nós morremos para nós mesmos, para a nossa vontade, para ressuscitarmos para viver para o Senhor Jesus, sujeitos à Sua vontade, obedecendo-Lhe em todas as coisas?
Pedro, continua em sua carta a definir como deveríamos viver e confirma isto pelo que está escrito no antigo testamento, reforçando o que Jesus Cristo disse que Ele tinha vindo para cumprir as escrituras, e diz o seguinte: “Finalmente, que todos vocês
- tenham o mesmo modo de pensar e de sentir.
- Amem uns aos outros e
- sejam educados e humildes uns com os outros.
- Não paguem mal com mal, nem ofensa com ofensa. Pelo contrário, paguem a ofensa com uma bênção porque, quando Deus os chamou, ele prometeu dar uma bênção a vocês.
Como dizem as Escrituras Sagradas: “Quem quiser gozar a vida e ter dias felizes não fale coisas más e não conte mentiras. Afaste-se do mal e faça o bem; procure a paz e faça tudo para alcançá-la. Pois o Senhor olha com atenção as pessoas honestas e ouve os seus pedidos, porém é contra os que fazem o mal.”” (1 Pedro 3:8-12, NTLH).
Quando insistimos em viver de forma contrária ao que está escrito, ao que foi afirmado e ensinado por Jesus qual o impacto disto em nossas vidas, o que significa, e qual o impacto para o reino de Deus? Significa primeiramente que não compreendemos o compromisso de obediência, de servir que estabelecemos com Deus. Também, que a nossa confissão pelo batismo não foi por nós entendida. Mas, muito além disto, significa que não estamos sendo o sal da terra e nem a luz do mundo, pois afirmamos ser uma coisa e fazemos outra, oposta ao que declaramos.
Quando vivemos de forma contrária ao que afirmamos, estamos vivendo simplesmente uma religiosidade, não estamos sendo diferentes dos fariseus na época de Jesus. Temos que entender que não se trata de conhecimento, de decorar a bíblia, mas, de vivê-la, de expressá-la pelos nossos atos. A palavra de Deus fala sobre Ele, sobre quem é, sobre o Cristo, o Senhor. E nós temos que entender que somos cartas vivas, somos o bom perfume de Cristo, que somos o sal da terra, e a luz do mundo. Se não expressamos o que a palavra de Deus fala sobre nós, estamos vivendo uma religiosidade, não morremos para nós mesmos e não somos a expressão de Deus neste mundo que é o objetivo da santificação, do aperfeiçoamento.
Quando vivemos de forma diferente, o impacto que tem é que difamamos a Deus e nossas ações traduzem somente religiosidade e não a verdadeira fé e vida que Ele planejou para os Seus filhos e que não entendemos quem somos e como devemos viver. O que temos que fazer? Como Paulo declara, Pedro também afirma que precisamos morrer para nós mesmos, temos que deixar de viver de maneira egoísta, precisamos rejeitar o pensamento do mundo, deixar de agir como as pessoas que estão no mundo e da maneira como vivíamos anteriormente, antes de conhecer a verdade do evangelho.
Toda a nossa pratica de vida devem refletir aquilo que Deus é. Temos que revelar através de nós, nossos membros a verdade do reino de Deus e a Sua justiça. Devem fazer parte do nosso viver o revelar de misericórdia, de graça, de bondade, de paciência, de amor, de mansidão, de compaixão. Quando assim vivemos confirmamos o batismo, declaramos o compromisso pessoal com Deus, e nos nossos relacionamentos, entre irmãos, expressamos de forma viva o reino de Deus e a vontade do Pai, e como Jesus orou, o mundo irá conhecê-Lo como O enviado do Pai.
Que possamos expressar pelas nossas ações o compromisso pessoal com Deus que confirmamos no batismo ao qual nos submetemos.