Paulo escreve a Timóteo e afirma: “Lembre disto: nos últimos dias haverá tempos difíceis. Pois muitos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião. Não terão amor pelos outros e serão duros, caluniadores, incapazes de se controlarem, violentos e inimigos do bem. Serão traidores, atrevidos e cheios de orgulho. Amarão mais os prazeres do que a Deus; parecerão ser seguidores da nossa religião, mas com as suas ações negarão o verdadeiro poder dela. Fique longe dessa gente!” (2 Timóteo 3:1-5, NTLH).
O aspecto que precisamos nos atentar, não é com relação às atitudes dos homens, mas, com pessoas que se dizem cristãs, seguidores de Cristo e suas atitudes não refletem as suas palavras, pois podemos ler em Jeremias: “Estão sempre prontos para contar mentiras. O que manda na terra é a desonestidade, e não a verdade. O Senhor Deus diz: “O meu povo faz maldade em cima de maldade e não quer saber de mim.” Cada um precisa estar prevenido contra o seu amigo, e ninguém pode confiar no próprio irmão porque todo irmão é tão falso como Jacó. Todos andam caluniando os seus amigos. Todos eles enganam os seus conhecidos, e ninguém fala a verdade. Eles ensinaram a sua língua a mentir; pecam e não abandonam a sua vida de pecado. Fazem uma violência atrás da outra e tapeação em cima de tapeação. Deus diz que este povo não quer aceitá-lo.” (Jeremias 9:3-6, NTLH).
A questão que devemos avaliar e meditar é sobre as ações e o reconhecimento de quem somos e de quem falamos, e como agimos e reagimos com relação às palavras que proferimos. Não se trata de falarmos de Cristo, falarmos de nosso Deus, mas, se agimos ou não conforme as palavras que proferimos. Não podemos falar de amor, e agirmos com egoísmo, com hipocrisia, com acepção de pessoas, tratá-las como invisíveis quando não trazem qualquer benefício para nós. Não podemos falar de justiça de Deus quando não repartimos, quando não ajudamos as pessoas. Não podemos criticar a idolatria de outros, quando nós mesmos somos avarentos. Não podemos falar de misericórdia e compaixão, quando deixamos os outros passar as suas dificuldades e não somos capazes nem de sentar ao seu lado e oferecer um consolo, não visitamos quem precisa.
Uma religião que é só palavras não tem nada a ver com o evangelho de nosso Deus, não tem nada com as boas novas anunciadas por Jesus. O reino de Deus fala de ações que estão permeadas de compaixão, de misericórdia, bondade, justiça que reparte e que ajuda. Não se trata de religiosidade, de apareência de santidade, mas de ações que revelam as obras de Deus. Como Tiago afirmou, não adianta falarmos de fé, se não manifestarmos as obras que confirma a nossa fé. Não adianta falarmos de amor, se deixamos o próximo passar necessidade, se odiamos, se desejamos vingança ou o mal para o outro.
Temos que compreender que o reino de Deus são obras em favor de vidas, manifestação da justiça, da misericórdia e do amor de Deus aos homens. Nós precisamos compreender isto, e lembrar que fomos revestidos do poder do alto pelo Espírito Santo, para que caminhemos rumo à jornada de aperfeiçoamento, de santificação para sermos semelhantes a Jesus, revelando em tudo as Suas obras perante os homens.