Voltando às Origens

Lembrando as palavras de Jesus: “….  Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.  Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; … ” (Apocalipse 2:2-5, BEARA), e também, o que Ele falou para a igreja de Laodicéia: ” Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem dera fosses frio ou quente!  Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca;  pois dizes: Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu.  Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.  Eu repreendo e disciplino a quantos amo.  Sê, pois, zeloso e arrepende-te.  Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.  …” (Apocalipse 3:15-21, BEARA)

Precisamos lembrar, ter a consciência de quem somos em Deus, nossa origem Nele, nossa capacitação que procede de Dele para desempenharmos o nosso papel (lembrar das primeiras obras). Existimos para servir às pessoas, servir ao mundo, para fazer Deus conhecido entre todos os homens. Não existimos em Deus para corrermos atrás de nossos sonhos, mas para servir a Ele, servindo as pessoas, em tudo o que estivermos fazendo.

Não existimos para receber, nem para sermos abençoados; pois já fomos abençoados, já recebemos tudo que precisamos para viver uma vida que agrada a Deus. Somos abençoadores, somos responsáveis para levar o nosso Deus a todos os homens. Não existimos para julgar e nem para andar segundo o que vemos, mas pela fé.

Precisamos lembrar que a base da nossa vida é o amor, o amor em servir aqueles que necessitam, tanto dentro da congregação local, na igreja do Senhor, como as pessoas que estão mundo.

Precisamos voltar às origens, precisamos rever o que temos construído sobre o fundamento que é Jesus. Precisamos rever os nossos sonhos e alinhá-los com o sonho de Deus para as nossas vidas, e jogar fora qualquer coisa que não traduz em serviço para o próximo, que não demonstre e revele compaixão e graça para com as vidas. Deus nos chama para revermos o que temos feito e porque temos feito. Ele nos chama para desempenharmos o nosso papel, não vivermos uma vida egoísta, na busca dos próprios interesses e sonhos. Não existimos para agradar a nós mesmos, nem para atender os nossos interesses, temos um papel no corpo, uma função que temos que desempenhar de maneira que Deus seja glorificado. Temos que nos preocupar com a edificação, o crescimento e amadurecimento do outro, precisamos ter compaixão das pessoas que estão perdidas, cegas, sem a luz. E só fazemos isso, baseado no amor. No amor de Deus que foi derramado em nossos corações para revelarmos ao mundo.

Não se trata de falar em línguas, de profecias, de palavras ou orações poderosas, mas de compreendermos quem somos, e praticarmos as obras de Deus que se revelam pelo amor que procede do Pai e que foi derramado abundantemente em nossas vidas, conforme Paulo escreveu aos irmãos de Corinto.

” Ainda que eu fale as línguas  dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o bronze que soa ou como o címbalo que retine.  Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes,  se não tiver amor, nada serei.  E ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado,  se não tiver amor, nada disso me aproveitará.  

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes,  não se ufana, não se ensoberbece,  não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses,  não se exaspera, não se ressente do mal;  não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;  tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.  O amor jamais acaba; mas, havendo profecias, desaparecerão; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, passará;  porque, em parte, conhecemos e, em parte, profetizamos. Quando, porém, vier o que é perfeito, então, o que é em parte será aniquilado.  

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino.  Porque, agora, vemos como em espelho, obscuramente; então, veremos face a face.  Agora, conheço em parte; então, conhecerei como também sou conhecido.  Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor,  estes três; porém o maior destes é o amor.” (1 Coríntios 13, BEARA)

Que possamos lembrar que somos no Senhor, a nova criatura segundo a Sua natureza para revelá-Lo ao mundo, para fazer a vontade do Pai cumprida na terra.