Quem é o imaturo?

Paulo escrevendo aos Romanos, diz o seguinte: “Aceitem entre vocês quem é fraco na fé sem criticar as opiniões dessa pessoa. Por exemplo, algumas pessoas creem que podem comer de tudo, mas quem é fraco na fé come somente verduras e legumes. Quem come de tudo não deve desprezar quem não faz isso, e quem só come verduras e legumes não deve condenar quem come de tudo, pois Deus o aceitou. Quem é você para julgar o escravo de alguém? Se ele vai vencer ou fracassar, isso é da conta do dono dele. E ele vai vencer porque o Senhor pode fazê-lo vencer.” (Romanos 14:1-4, NTLH).

Quando paramos e pensamos sobre estas palavras, podemos observar que não importa a questão de opinião, de divergências de pensamento sobre coisas irrelevantes na palavra, mas que estão lá. Existe para provar a nossa fé? Para demonstrar o quanto estamos convictos? Não. Elas existem para mostrar o nosso grau de maturidade, isto é o quanto estamos sendo maduros da fé ou imaturos.

Temos que entender que não estamos discutindo, salvação pela graça por meio da fé, soberania de Deus, natureza de Deus, Jesus que veio em carne. Não. Não estamos discutindo estas coisas, estamos falando de roupa, de comida, de aparência, de se tatuar ou não, se pode ou não comer este tipo de coisa ou aquele, se deve ou não cortar o cabelo, se deve ou não manter a barba, se deve ou não guardar dias, se deve ou não votar neste ou naquele candidato.

A questão que precisamos entender é: respeitamos o irmão? Se o honramos por sua opinião diferente, por suas ações diferentes das nossas. Não estamos aqui para discutir opiniões, nem para dar importância e prioridade a uma coisa ou outra. Não se trata disto, mas, da nossa capacidade de servir, de ajudar mesmo aquele que não pensa como nós ou ainda somos aqueles que forçam os outros a serem como nós, a pensar com nós? Quando assim agimos, estamos demonstrando maturidade? Não. Não estamos demonstrando maturidade, mas sim, que ainda estamos muito imaturos na fé.

Quando queremos impor aos outros as nossas opiniões na realidade estamos demonstrando que ainda não compreendemos o que seja amor, o que significa servir, o que seja honrar (respeitar) as pessoas que compartilham da mesma fé, mas que pensam diferente de nós em detalhes que são irrelevantes para a família de Deus. Quando forçamos a discussão de assuntos divergentes, não estamos trabalhando, nem nos esforçando pela unidade, muito pelo contrário, estamos fazendo o papel do diabo, trabalhando contrário ao propósito e vontade do Criador.

Temos que ser maduros, temos que ajudar uns aos outros, temos que ser suporte, servindo, conduzindo cada um ao crescimento e amadurecimento. Se um come carne e o outro não, não faz diferença, se guarda dia ou não, muito menos, o que importa se na relação há o respeito, a demonstração de amor, mesmo diante das diferenças; pois são nas diferenças que revelamos o amor de Deus, são nos relacionamentos que mostramos o quanto respeitamos e honrarmos aquele que Deus chamou e salvou por meio da Sua graça, pela fé em Jesus Cristo. O nosso foco não devem ser as divergências, mas, no cumprimento do nosso propósito como membros do corpo, como filhos de Deus que é revelar as Suas virtudes. E fazemos isso, quando entendemos que temos que amadurecer, que temos que correr rumo ao nosso objetivo que é estarmos cheios da plenitude de Cristo, sendo Seus imitadores, imitadores de Deus como filhos amados. Portanto, tenhamos o firme propósito de amadurecer e revelar Deus por meio da igreja.