Jesus falando à igreja de Laodicéia, por meio de João, o seguinte: “pois dizes Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma, e nem sabes que tu és infeliz, sim, miserável, pobre, cego e nu. Aconselho-te que de mim compres ouro refinado pelo fogo para te enriqueceres, vestiduras brancas para te vestires, a fim de que não seja manifesta a vergonha da tua nudez, e colírio para ungires os olhos, a fim de que vejas.” (Apocalipse 3:17-18, RAStr).
Quantos de nós, em nossos dias, vivemos a mesma realidade da igreja de Laodicéia? Estamos diante do Senhor da glória, diante do Seu trono, na Sua presença, fomos lavados e regenerados pelo sangue de Cristo. Experimentamos desta graça salvadora por meio de Jesus Cristo, recebemos a reconciliação, mas ainda não compreendemos a necessidade de vivermos em novidade de vida. Andamos neste mundo cheios de orgulho e arrogância, achamos que somos “bonzinhos”, que temos “vida”, que não somos “tão pecadores” e não compreendemos o que seja dependência total. Não compreendemos o que significa humildade, submissão, dependência completa de Deus. Achamos que podemos fazer as coisas, que temos a habilidade e as competências para conduzir, mas não entendemos que nada existe em nós que possa agradar a Deus. Podemos achar que somos ricos, mas na realidade, não conseguimos enxergar a nossa pobreza diante de Deus.
Agimos como um sedendo no deserto, morrendo de sede, próximo a um oásis, achando que é uma miragem e desconsideramos a água que existe para matar a sede. O nosso Deus prometeu: Nele temos vida abundante, vida cheia de paz, mas andamos neste mundo, mesmo tendo sido quebrado os grilhões do pecado, que nos escraviza, ainda presos aos mesmos. Não temos a consciência da libertação, da cura recebida. Vivemos como escravos (pior que escravos), achamos que temos tudo, que somos ricos, mas não usufruimos da verdadeira vida recebida.
Precisamos, para viver de maneira a termos a abundância completa, reconhecer a nossa morte com Cristo na cruz, onde encontramos o perdão e a salvação de nossa alma. Precisamos, como o próprio Jesus, disse: rejeitar, negar a nós mesmos, tomar a cruz e seguí-lo. Não existe vida de Deus quando queremos preservar a nossa. Não existe a abundância prometida, enquanto achamos que a nossa vida miserável é alguma coisa.
Somente encontramos as riquezas de Deus quando temos a consciência da libertação, da cura, do perdão recebido, mas além disto, precisamos ter consciência da nossa origem, de quem somos, nossa identidade em Deus, o que Ele fez, a obra operada em nós pelo Espírito.
A consciência de quem somos, de nossa vocação, do chamado recebido, é que nos permite nos submeter à vontade de Deus, recebendo todas as coisas que Dele procede e rejeitando tudo que achamos de bom em nós. Ao reconhecermos a nossa miserabilidade, a impossibilidade de termos vida em nós mesmos, que nos permite usufruir do melhor que Deus tem para nós. Somos filhos, herdeiros de Deus, não podemos viver neste mundo como escravos do pecado, escravos dos nossos desejos e vontade. Precisamos nos submeter à Deus, para podermos resistir ao diabo, e assim, cumprirmos o nosso papel neste mundo em toda abundância de vida que recebemos do Pai.
Não podemos ser ricos, abastados, cheios da vida de Deus, vivendo segundo a natureza humana.
Amém!! Que possamos nesta jornada compreender e viver na plenitude da vontade do Pai!!
Parabéns pelo belo texto. Deus o abençoe.