João escrevendo em sua carta afirma o seguinte: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo. Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro.” (1 João 3:1-3, RAStr).
Precisamos compreender a santificação, a purificação de nossos atos, o tornar santo o nosso procedimento como expressão de amor, de gratidão e de esperança nas promessas realizadas pelo Senhor. O amor, a compaixão pelos homens, e a compreensão do nosso papel neste mundo, o entendimento claro de nosso propósito, da vocação recebida em Deus é que devem nortear o nosso pensamento, nossas ações em Deus.
Fomos adotados como filhos, fomos feitos novas criaturas, agora somos seres espirituais, recebemos da vida de Deus, se entregamos as nossas vidas ao Senhor e nos submetemos a Ele. Se assim fizemos então nossa vida deve ser naturalmente dirigida para o processo de sermos semelhantes ao Senhor. Temos que correr a carreira proposta, temos que olhar o nosso alvo, Jesus Cristo, e purificar todo o nosso procedimento, conforme é do Seu desejo, para que possamos desempenhar neste mundo, frente a vocação que recebemos e o chamado que temos, a função no corpo para a edificação uns dos outros, e para que o Senhor seja conhecido no mundo.
Ser luz, ser sal não é falar das coisas do reino, mas sim, viver a realidade do reino de forma presente neste mundo, manifestando por meio da comunhão (através da igreja, o corpo de Cristo) as virtudes daquele que nos tirou do império das trevas e nos transportou para o Seu reino. Ser cidadão do reino de Deus é viver os princípios e fundamentos do reino, é andarmos segundo a natureza daquele que nos gerou, nos concedeu da Sua vida e nos fez cooparticipantes da Sua natureza divina, nos concedendo tudo que precisamos para viver uma vida que lhe agrada neste mundo.
Precisamos compreender a santificação como expressão de amor e gratidão, como uma oferta e sacrifício vivo a Deus, fazendo morrer a natureza humana, e revelando o fruto do Espírito. Recebemos o Espírito para andarmos segundo a vontade de Deus. Ele nos instrui, nos guia, nos faz lembrar as Sua palavras. Santificamos como expressão de amor, do mesmo amor de Deus por nós, em favor dos homens, para que possamos, por meio de nossas vidas, levar a presença e a vida de Deus a todos os homens. Não santificamos por nossa causa e nem para obtermos favor de Deus, e muito menos para sermos merecedores de algo, mas, como expressão de amor, para que os homens cheguem ao conhecimento de Deus.
Por isso tudo precisamos entender que andar no pecado não faz parte da vida dos filhos de Deus, como João escreveu: “Todo aquele que permanece nele não vive pecando; todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu. ” (1 João 3:6, RAStr). Pecar, viver de forma contrária à natureza de Deus, não é algo normal, natural para um filho de Dele. Precisamos entender este aspecto básico e purificar os nossos atos para revelarmos ao mundo, por meio de nossa vida, o amor de Deus aos homens.