Em Levítico podemos ler: ” Cada um respeitará a sua mãe e o seu pai e guardará os meus sábados. Eu sou o Senhor, vosso Deus.” (Levítico 19:3, BEARA). ” Não amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor. ” (Levítico 19:14, BEARA). ” Não farás injustiça no juízo, nem favorecendo o pobre, nem comprazendo ao grande; com justiça julgarás o teu próximo. ” (Levítico 19:15, BEARA). ” Não andarás como mexeriqueiro entre o teu povo; não atentarás contra a vida do teu próximo. Eu sou o Senhor. ” (Levítico 19:16, BEARA). ” Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado. ” (Levítico 19:17, BEARA). ” Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. ” (Levítico 19:18, BEARA). ” Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor. ” (Levítico 19:32, BEARA). ” Não cometereis injustiça no juízo, nem na vara, nem no peso, nem na medida. Balanças justas, pesos justos, efa justo e justo him tereis. Eu sou o Senhor, vosso Deus, que vos tirei da terra do Egito.” (Levítico 19:35-36, BEARA)
Todos estes mandamentos expressam a atitude de honra e amor a Deus e o amor ao próximo, isto é, desejar e fazer para com o próximo tudo que esperamos que seja feito conosco.
Podemos fazer isso? Conseguimos? Conseguimos exceder o que a lei determina? Isto que precisamos entender, por nós, na carne, no pensamento humano, segundo a natureza humana é impossível até mesmo cumprir a lei, pois o que queremos para nós, não desejamos que o outro alcance, exceto se o que o outro for alcançar também irá nos abençoar. Mas se o que desejamos para o outro é o mesmo que queremos para nós, estamos simplesmente cumprindo a lei, mas se somos capazes de ter o entendimento e discernimento e abrirmos mão do que queremos para nós para que o outro alcance, se somos capazes de deixar de buscar algum benefício para nós, para que o outro tenha e alcance, então, estamos agindo segundo a natureza do Criador, e isto é a expressão máxima de semelhança ao Senhor Jesus e amar como Ele amou.
Temos que compreender que é possível, fazer o que Jesus fez, amar como Ele amou quando compreendemos o que Ele fez por nós, o que realizou em nossa vida, e a expressão de amor para conosco, embora não merecessemos nada do que foi feito por nós, ou concedido a nós por meio da Sua obra na cruz.
Na carta aos filipenses vemos a expressão do amor de Jesus por nós, se esvaziando, abrindo mão do que era, do que tinha, para vir a este mundo, como homem, e padecer em nosso lugar. Assim como Ele agiu, nós podemos agir, pois recebemos, no novo nascimento, a libertação do domínio do pecado, recebemos da natureza de Deus, fomos habilitados, capacitados para vivermos segundo a natureza de nosso Deus, sendo Seus imitadores.
Por que temos que exceder? Porque precisamos, temos a obrigação natural de sermos semelhantes ao Senhor Jesus, e temos o compromisso com o Pai de proclamar as Suas virtudes neste mundo, revelando o Seu reino e a Sua natureza a todos os homens em todos os lugares.