Um novo coração, uma nova criatura

A promessa de Deus registrada por meio de Ezequiel fala: “Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei da sua carne o coração de pedra e lhes darei coração de carne;” (Ezequiel 11:19) e nas cartas de Paulo podemos ler sobre o cumprimento destas palavras: ” E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura ; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas. ” (2 Coríntios 5:17).

Compreendemos isso? Compreendemos o que significa ser nova criatura, ter nascido de novo, ter recebido um  novo coração, ser cidadão do reino, ter recebido da natureza de Deus? Se não temos compreendido isso, então as palavras proferidas por Deus, por meio de Ezequiel, ainda se aplicam em nossa vida, e precisamos nos converter de nossos caminhos e escolhas pela natureza humana, precisamos rejeitar todos os ídolos que temos criado e estabelecido em nossas vidas: ” …Assim diz o Senhor Deus: Convertei-vos, e apartai-vos dos vossos ídolos, e dai as costas a todas as vossas abominações,” (Ezequiel 14:6).

Fazer isto, significa o mesmo que Paulo escreveu sobre fazer morrer a natureza humana. Talvez não sejamos diferentes das pessoas que vieram antes de nós. Talvez eles tivessem outros ídolos estabelecidos em seus corações, por isso, como identificar o que temos de ídolos em nosso coração?

Para isso, precisamos refletir, identificar a motivação para tudo que fazemos, olhar de maneira crítica as nossas ações. Podemos pensar que o que fazemos está sendo para uma boa causa, por um bom motivo, justificamos tudo para aliviar a nossa consciência, mas de fato qual é a motivação do nosso coração?

Por que buscamos uma casa nova no bairro tal? Por que queremos um carro novo? Por que queremos uma posição de destaque, o cargo melhor na empresa, ou mesmo na igreja? Quando não somos elogiados, como nos sentimos? E o dinheiro, como agimos com relação a ele? Somos avarentos? Se assim for, por favor, paremos tudo. Isso não é o que falamos, mas a verdadeira motivação que está no nosso íntimo que devemos avaliar.

Estamos fazendo o que e para quem? Este é o ponto fundamental e devemos ser extremamentes críticos quanto a para quem.

Qualquer coisa que não seja para Deus efetivamente é para um ídolo que erguemos em nosso coração, inclusive nós  mesmos, nosso orgulho e arrogância. Podemos nos enganar durante o processo de conquista, mas quando alcançamos, os frutos irão mostrar a verdadeira motivação. E se durante a jornada em nada Deus foi glorificado, nem priorizado, então não está sendo para Ele e nem para o Seu reino. Precisamos compreender que tudo que fazemos tem que ter como foco: o reino de Deus, a glória do Pai, e todo o resto é somente o meio para que isto aconteça.

A falta de consciência do que Deus fez em nossas vidas: a transformação, o novo coração, a nova natureza, a capacitação recebida, a graça que educa, nos leva a vivermos uma vida segundo a natureza e valores dos homens, e não conforme o coração de Deus que nos é concedido em Cristo Jesus.

Convertamos efetivamente o nosso coração ao reino e aos seus valores, rejeitando tudo que seja segundo a natureza humana e os desejos que possuímos, para que o Pai seja glorificado em nossas vidas e por meio dela.