Como podemos observar este fato tão claro? Nas escrituras, nas palavras transcritas de Jesus por João em seu evangelho: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.” (Jo 5:24), e afirma também: ” Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:16-18) e ” Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (Jo 3:36)
Do que precisamos? Da vida de Deus. O vazio, a necessidade permanente que temos de ter algo preenchido em nós, é a necessidade que temos de ter da vida de Deus, do andar com Ele, do estar em Sua presença. Não fomos criados para estarmos sozinhos, isolados, mas, para estarmos e para fazermos parte da vida de Deus. Isto é um fato inegável. Podemos procurar neste mundo o preenchimento deste vazio, mas não importa o que fizermos não alcançaremos isso.
Precisamos entender que a discussão aqui não é de religião, mas de compreensão do que seja a vontade de Deus expressa em Sua escritura. Tudo se trata de uma questão de fé, de confiança em Deus. Fora da bíblia não temos como identificar a Sua vontade. Podem existir diferentes traduções, mas o significado permanece o mesmo e nela encontramos a vontade de Deus expressa de forma clara.
Por isso, podemos ler o que Jesus falou e chegamos à conclusão: não temos como discutir a salvação. Se entregarmos a nossa vida a Jesus, não seremos julgados, não seremos condenados, mas automaticamente passamos da morte para a vida. A nossa condenação é algo presente e constante. Fomos e somos condenados. E esta condição de condenação, separação de Deus, morte, não trata do aspecto de sermos “bonzinhos”, de não termos matado, roubado, mas sim, de estarmos mortos, separados de Deus, mas o que faz o Criador? Envia o seu filho para que padecesse a condenação que deveria cair sobre nós. Ele se oferece como o cordeiro imaculado para poder fazer a remissão do pecado.
Por isso, o que nos salva, o que nos permite entrar na presença de Deus é o sangue de Seu filho, não são as nossas obras, não são as coisas que fazemos, mas unicamente a nossa confiança que a obra de Jesus na cruz, em nosso favor e lugar, é suficiente para nos retirar da morte para a vida. Por isso quando cremos, nós somos transportados do reino das trevas, para o reino do Seu filho. E o nosso objeitvo de vida passa a ser o de proclamarmos as virtudes de Deus.
Quando cremos em Jesus, na Sua obra na cruz, o Seu sangue derramado para nos reconciliar com Deus, e entregamos a nossa vida a Ele, como único e suficiente Salvador, então, recebemos a vida de Deus, recebemos a vida eterna do Criador. Quando falamos de vida eterna, falamos de ter a vida de Deus, a vida de Deus em nós. Passamos da morte para a vida, quando recebemos a vida eterna do Criador e que nos é concedida por causa da Sua graça por meio da fé em Jesus Cristo.
A questão do julgamento, pelo que seremos julgado é outra história e não está relacionado à salvação, mas, quanto ao tipo de obra que realizamos em favor do reino de Deus como servos fieis, como administradores fiéis do que nos foi confiado.