A falta de entedimento sobre quem somos, a ignorância quanto a palavra de Deus, nos tem levado a cometermos falhas e não cumprirmos o nosso papel como sacerdócio real, como nação santa, como povo de propriedade de Deus. Fomos chamados das trevas para a luz para proclamarmos as virtudes de nosso Deus, para revelarmos ao mundo quem Ele é; por isso, as palavras de Deus proferidas por meio de Malaquias para os sacerdotes na antiga lei, devem nos levar a reflexão sobre o nosso papel: “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens procurar a instrução, porque ele é mensageiro do Senhor dos Exércitos. Mas vós vos tendes desviado do caminho e, por vossa instrução, tendes feito tropeçar a muitos; violastes a aliança de Levi, diz o Senhor dos Exércitos. Por isso, também eu vos fiz desprezíveis e indignos diante de todo o povo, visto que não guardastes os meus caminhos e vos mostrastes parciais no aplicardes a lei. ” (Malaquias 2:7-9, BEARA)
Sendo mensageiros de Deus, que é o papel de um sacerdote, e este nos foi estabelecido na nova aliança, como expressado por Pedro e Paulo em suas cartas, quanto eles afirmam que somos sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, somos embaixadores do reino, reconciliadores dos homens com Deus, somos cartas vivas, somos o bom perfume de Cristo, somos filhos, e tantos outros atributos que recebemos em Cristo Jesus pela graça de Deus. Tendo o entendimento do que somos, do que recebemos de Deus, pela graça, por meio da fé; tendo o entendimento da capacitação recebida, da natureza divina recebida, por termos sido feitos co-participantes da natureza de Deus; não podemos nos sucumbir diante da pressão e do pensamento do mundo.
Fomos chamados para sermos cidadãos do reino de Deus, para vivermos a sua vontade neste mundo, para andarmos segundo os valores eternos de Deus, para transformar o sermão da montanha em uma realidade de vida para quem é filho. Precisamos ter o entendimento do nosso papel. Não é uma opção, é uma obrigação natural, faz parte da natureza recebida, vivermos segundo o coração de Deus e proclamarmos as virtudes de Deus em palavras e obras no nosso dia a dia. Obedecer, viver segundo a natureza de Deus não é uma questão de escolha, e sim, de submissão a Deus. Quando nos submetemos em cumprir a sua vontade, quando negamos a nós mesmos, quando rejeitamos o pensamento do mundo e os seus valores, quando morremos para nós mesmos; não nos restas opção que não seja viver a vontade do Pai. Não como marionete, como um autômato; mas como expressão de submissão, da liberdade recebida, da graça concedida a nós.
Escolhemos Deus, escolhemos ser amigos de Deus para revelar a este mundo a sua justiça, a sua graça e o seu amor para com os homens. Isto não é uma opção, e uma decisão natural de quem compreende a graça e o amor.
Nos submetemos a Deus tendo o entendimento claro que o nosso papel é revelar a sua justiça, é praticarmos a justiça de Deus neste mundo. De manifestarmos a sua graça, compaixão e amor para com todos os homens. Amar não é uma opção, compaixão não é uma alternativa, misericórdia não é uma escolha; mas são atitudes que revelamos por causa do que recebemos; é o revelarmos o amor que temos a Deus, manifestando estes para com o nosso próximo. É tomarmos a decisão em nosso dia a dia de sermos o próximo dos outros que precisam e estão a nossa volta.
Não podemos falhar neste papel, não podemos deixar para depois esta nossa responsabilidade como herdeiros do reino, como filhos de Deus, como sacerdotes do Deus Altíssimo.