Oséias escrevendo ao povo, afirmou: “Quem é sábio, que entenda estas coisas; quem é prudente, que as saiba, porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão. ” (Oséias 14:9, BEARA).
Os caminhos de Deus não são os nossos, os Seus valores, não são o nossos e nem os Seus pensamentos.
Se quisermos viver o reino de Deus segundo o pensamento e valores deste mundo, somente tropeçaremos e não faremos parte da história como Deus deseja. Quando Jesus começou o seu ministério, ele afirmou a seguinte coisa, baseado no livro de Isaías: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.” (Lucas 4:18-19, BEARA).
Por que ele menciona o pobre? De restauração da vista aos cegos e colocar em liberdade os oprimidos?
Jesus fala de inclusão, que o reino de Deus está aberto para todos, para todos que desejam fazer parte da história como está planejado. O reino de Deus não é para o egoísta, para o orgulhoso, para o arrogante, para aquele que se acha melhor que os demais. Em muitas das parábolas proferidas, Ele refere aos pobres, necessitados, para os perdidos. No início do sermão da montanha, ele refere também, aos pobres, aos simples, aos humildes, por que? Paulo em sua carta aos Coríntios, também, faz referência sobre a loucura da pregação, sobre a quem o evangelho estava alcançando. Isto quer dizer que Deus volta somente para os pobres materialmente? Não. Temos José de Arimatéia, temos Nicodemos e tantos outros que eram seguidores de Jesus, pessoas brilhantes, ricas e que tinham conhecimento.
Mas o que faziam estas pessoas serem comuns, iguais? O seu posicionamento, o reconhecimento de seu estado, de sua situação e o desejo ardente de querer conhecer o propósito de Deus. Havia humildade, havia o esvaziamento de seu espírito, o reconhecimento de sua situação de pobreza perante os valores eternos, havia a humildade, o reconhecimento que dependia de Deus, Dele revelar, falar e mostrar a Sua vontade.
No reino de Deus não existe acepção, não existem melhores, não existem mais ricos; mas sim, pessoas que reconhecem que precisam de Deus, dependem Dele. Pessoas que têm sede, sede de justiça, sede de vida, necessitam ser completados.
Arrepender é este reconhecimento de sua situação, é o entendimento que não dá para continuar da forma como está, precisa se voltar, precisa voltar às origem, voltar ao Criador, pois Nele está a vida, a plenitude do que temos que ser. Arrepender é nos igualar a todos, todos que reconhecem que são pobres, que estão cativos e oprimidos pelo poder do pecado, dominados por uma vida de egoísmo, hipocrisia, mentiras, falsidades, arrogância, orgulho, justiça própria, e tantos outros sentimentos que nos afastam do Deus vivo e Sua vida.
Arrepender; pois Deus deseja nos apresentar o seu reino e quer que façamos parte dele. Mas implica, nesta atitude, no reconhecimento de nossa situação e na submissão e reconhecimento que Jesus, morreu em nosso lugar, para sermos reconciliados com o Pai, Ele é o caminho, a verdade e a vida, o único que pode nos levar ao Criador, para que cumpramos o propósito Dele neste mundo.
Viver o reino de Deus é algo que podemos e devemos fazer hoje, começar hoje, não no futuro.