“Pois misericórdia quero, e não sacrifício, e o conhecimento de Deus, mais do que holocaustos. ” (Oséias 6:6, BEARA)
Nestas palavras proferidas por Oséias; ainda no velho testamento, muito antes da vinda do Senhor Jesus, podemos ver claramente o que Deus espera de nós.
Nós focamos muitas vezes em liturgias, em aspectos de religiosidade, de obra humana com aparência de sabedoria, queremos dar um ar de santidade em algumas ações como se fossem da vontade de Deus e esquecemos do principal, que é a expressão da vida e da natureza de Deus por meio de nossas obras. Por que misericórdia em vez de sacrifícios? E conhecimento de Deus em vez de holocaustos?
Para nós é mais fácil ações que envolvem religiosidade, como condução de cultos, reuniões de louvor, de oração, encontros, coisas que ocupam o nosso tempo; mas não demandam mais do que este tempo e nem a preocupação com o próximo.
Quando manifestamos misericórdia para quem e com quem exercemos? Para com alguém, para com aqueles que nos consideramos como o próximo deles. E assim é com relação a paciência, longanimidade, mansidão, bondade, compaixão e tantas outras virtudes de Deus. Nós revelamos as mesmas para com o próximo. Para realizar não precisamos de mais nada que ser o próximo do outro. Agora, quando queremos ser simplesmente religiosos, cheios de justiça própria, o que fazemos? Somente ações que envolvem culto a Deus e nem uma ação para com o próximo, estamos entendendo?
É mais fácil ir a um culto, uma reunião, ou a uma missa, que socorrer um necessitado, ajudar quem precisa, visitar um órfão, uma viúva, um idoso; não é verdade? Estamos entendendo por que é mais fácil fazer o que não agrada a Deus; mas nos dá sentimento de santidade, de obrigação cumprida, e de realizar a obra de Deus. Precisamos parar com este evangelho teórico e colocar em prática um evangelhos real pregado pelo nosso Senhor Jesus.
Precisamos parar de preocupar com o diabo, com Satanás, com obras de demônio e exercermos o nosso papel neste mundo como cidadãos do reino, revelando a justiça e a graça de Deus entre os homens. Como Jesus mesmo falou, as portas do inferno não prevalecerão. O que ele quis dizer com isso, segundo o original, é que as portas do inferno não resistirão, não suportarão o ataque da igreja, do reino de Deus. É o reino de Deus que avança, que arromba, que derruba, que leva libertação; por isso, precisamos compreender a palavra, ter domínio do que o Senhor fala, de seus ensinamentos.
Quando Ele fala que é mais importante o conhecimento de Deus é sobre isso que precisamos entender. Temos que compreender quem somos; para não cairmos nas ciladas e nem no engano por falta de conhecimento do poder de Deus, da obra realizada por Ele em nossas vidas. Conhecimento claro de nosso papel neste mundo. A ignorância dos chamados “Povo de Deus” é o maior empecilho para o desempenho do papel do cidadão do reino neste mundo no que tange cumprir o “ide”, retirar as pessoas da escravidão, proclamar libertação dos cativos. Com a ignorância, damos importância mais que precisa ao que não é importante, focamos no que não é crítico e destacamos o que não tem poder.
Precisamos ter entendimento claro do poder e autoridade confiada ao povo de Deus no que tange ao seu papel neste mundo para revelar a vida de Deus, para ser carta vida, ser a fragrância do conhecimento de Cristo, ser o bom perfume. Precisamos aprender a focar no que é importante segundo o coração de Deus.