A semelhança é só coincidência

Isaías falando a nação de Israel, proclama a seguinte palavra contra os seus líderes: “De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? — diz o Senhor. Estou farto dos holocaustos de carneiros e da gordura de animais cevados e não me agrado do sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes. Quando vindes para comparecer perante mim, quem vos requereu o só pisardes os meus átrios? Não continueis a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniqüidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim, quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão cheias de sangue. Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer o mal.Aprendei a fazer o bem; atendei à justiça, repreendei ao opressor; defendei o direito do órfão, pleiteai a causa das viúvas.” (Isaías 1:11-17, BEARA). “Os teus príncipes (líderes) são rebeldes e companheiros de ladrões; cada um deles ama o suborno e corre atrás de recompensas. Não defendem o direito do órfão, e não chega perante eles a causa das viúvas.” (Isaías 1:23, BEARA).

Este é o grande ponto que precisamos nos questionar, julgar e refletir sobre o que fazemos, porque fazemos e se estamos alinhados com o coração de Deus; ou se andando segundo o nosso próprio pensamento. Estamos priorizando o que Deus prioriza? Estamos andando segundo o conceito de justiça proclamado por Deus, ou andamos conforme o nosso pensamento e natureza humana?

Devemos julgar a nós mesmos não pelo que pensamos, ou achamos; mas pelas obras que realizamos. Não é uma questão do que achamos; mas sim, do que fazemos. Temos defendido de fato os interesses dos oprimidos, dos injustiçados neste mundo? Temos lutado e trabalhado por melhores condições para o órfão, para a viúva? Temos usado de forma adequada recursos públicos? Ou temos usado estes segundo os nossos interesses, para atender a necessidade dos “nossos”?

Não é uma questão de julgarmos os outros, pelo que os outros estão fazendo; mas sim, do que nós estamos fazendo? Aceitamos suborno para torcer a justiça? Praticamos o suborno? Usamos de influência para buscar o atendimento das necessidades dos “nossos” ou fazemos isso em benefício de qualquer um?

Qual o nosso entendimento de justiça de Deus, da equidade, e principalmente, da vontade de Deus e do nosso papel como igreja?

Se temos andado segundo as mesmas atitudes dos líderes da nação de Israel; não estamos sendo diferentes destes. Precisamos voltar, voltar para o Senhor, voltar para o seu critério de justiça, de vida, de equidade. Não é uma questão do que achamos ou pensamos; mas sim, do que Deus acha, do seu conceito de justiça, do que Ele espera de nossa atitude com relação as pessoas que estão no mundo e que na sua marioria tem sido oprimida pelos “grandes e poderosos” da nação.

Precisamos rever o nosso papel, nossa responsabilidade perante os homens e Deus, e adotarmos a postura correta de justiça determinada pelo Senhor Deus, nosso Deus e Pai; mesmo que represente prejuízo para os “nossos”.

Honremos ao Senhor, sejamos seus imitadores, sejamos filhos que revelem o bom perfume da graça e do amor de Deus manifestados através de Jesus Cristo, Senhor da glória; sejamos um bálsamo para a nação.