Jesus observando as pessoas declara o seguinte: “Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor. E, então, se dirigiu a seus discípulos: A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara.” (Mateus 9:36-38).
Que tipo trabalhador o Senhor está buscando? Como devemos agir? Que atitude devemos tomar com relação a sermos o instrumento que Deus deseja? Precisamos compreender que Ele não busca legalistas, não busca religiosos; mas pessoas que como ele se compadecem das vidas, que agem com misericórdia, que sabem realizar o verdadeiro sacrifício que Lhe agrada, como Ele disse: “Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar justos, e sim pecadores [ao arrependimento]. ” (Mateus 9:13).
Ao olharmos a vida de Jesus e suas atitudes perante os “pecadores”, podemos observar uma atitude muito diferente do que praticamos. Podemos observar a acolhida do leproso, a atitude para com os cegos, endemoniados, para com a mulher que tinha um fluxo de sangue (e que já havia dispendido somas significativas em busca da cura), da mulher adúltera que os religiosos queriam apedrejar, de Mateu que era coletor de impostos e odiado da sociedade e que chamou para ser seu discípulo, e o que podemos dizer de Zaqueu, ou até mesmos religiosos que o buscavam como Nicodemos.
Ele acusava? Apontava os seus pecados e erros? Criticava e descarregava a lei nestas pessoas? Não. Não seria esta a diferença do que fazemos hoje? Para com os religiosos, os conhecedores da lei, também, não os acusava, mas questionava-os para que pudessem repensar suas atitudes e ações. Ele sempre demonstrava compaixão, misericórdia. Para aqueles que o estavam crucificando, ele pediu perdão.
Quanta diferença do que temos sido e feito! Nós acusamos, apontamos os erros! Afirmamos que vão arder no inferno, que estão condenados. Pensamos que com esta atitude eles se converterão a Deus? Estamos completamente enganados com esta postura. Quando agimos assim, demostramos que estamos cegos e não lembramos de onde viemos e a nossa situação.
Por que aqueles que se dizem cristãos, são capazes de condenar, criticar os “gays”, aos assassinos, ladrões; mas não descarregam a mesma fúria para com os mentirosos, hipócritas, sonegadores que existem em nosso meio? Por que achamos que um erro é maior que outro? Por que achamos que um é menos digno de honra e respeito que outro?
Quando vamos aprender a ser compassivos, a demonstrar a verdadeira compaixão para com as pessoas, para com os fracos, para com os imaturos que vivem e estão em nosso meio?
Precisamos mudar a nossa atitude; precisamos, nos oferecer a Deus como um verdadeiro sacrifício que lhe agrada; oferecermos a nós mesmos como instrumentos para realizar, cumprir e manifestar a sua vida. Precisamos mudar, precisamos nos transformar pela renovação da mente, precisamos experimentar a verdadeira vida de Deus, precisamos experimentar a boa, perfeita e agradável vontade Dele. Somente fazendo assim, seremos capazes de manifestar e revelar a todos a verdadeira vida de Deus, como Jesus.
Quando mudamos as nossas atitudes, quando temos a verdadeira compaixão, somos capazes de agir em favor das pessoas, para que experimentem de Deus, para que O busquem, para serem reconciliados. Este é o nosso papel: sermos instrumentos de reconciliação, de manifestação da vida e não de condenação.