Podemos observar isto através de um dos reis de Juda, como brevemente citado nos versículos a seguir: “Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar e cinqüenta e cinco anos reinou em Jerusalém. Fez o que era mau perante o Senhor, segundo as abominações dos gentios que o Senhor expulsara de suas possessões, de diante dos filhos de Israel.” (2 Crônicas 33:1-2). “Falou o Senhor a Manassés e ao seu povo, porém não lhe deram ouvidos.” (2 Crônicas 33:10), então houve as consequências do seu pecado, e quando foram levados de sua terra, então podemos observar a mudança de atitude, como a seguir: “Ele, angustiado, suplicou deveras ao Senhor, seu Deus, e muito se humilhou perante o Deus de seus pais;fez-lhe oração, e Deus se tornou favorável para com ele, atendeu-lhe a súplica e o fez voltar para Jerusalém, ao seu reino; então, reconheceu Manassés que o Senhor era Deus. ” (2 Crônicas 33:12-13). O que fez Manassés? “Restaurou o altar do Senhor, sacrificou sobre ele ofertas pacíficas e de ações de graças e ordenou a Judá que servisse ao Senhor, Deus de Israel. Contudo, o povo ainda sacrificava nos altos, mas somente ao Senhor, seu Deus. ” (2 Crônicas 33:16-17).
E quanto a graça, é diferente? Não, na essência o processo é o mesmos, existe a necessidade de arrependimento para a restauração. O que difere então? Não existe a punição e nem a expulsão; pois, conforme podemos observar na palavra de Deus, nós já estamos condenados, separados de Deus, fora do seu reino, por causa de nosso pecado, por vivermos de forma contrária a natureza de Deus.
Estamos falando de aspectos materiais? De ter muito ou pouco? De passar necessidades ou não? Não. Estamos tratando do aspecto espiritual. Todos, sem exceção, todos os homens estão separados de Deus. Estamos mortos em nossos delitos e pecados.
Mas o que faz Deus? No seu amor pelo homem, provê o livramento, antes mesmos que nós homens nos arrpendêssemos. Seu filho, Jesus é enviado para realizar o sacrifício único e permanente por todos os homens. Ele padece na cruz, sofre por causa do nosso pecado, é oferecido como cordeiro. Ressucita, para que possamos receber da vida de Deus e assim estar com Ele. A todos aqueles que recebem este ato, como um ato de fé, crendo que Jesus morreu pelo nosso pecado, recebemos o perdão.
Mas para recebermos o perdão, há a necessidade do arrependimento. Não arrependimento observado pelos homens, mas única e exclusivamente por Deus que vê o nosso coração. Quando compreendemos a graça salvadora, o perdão concedido e que vivemos de forma contrária ao propósito de Deus, nos arrependemos, confessando o nosso pecado, mudamos a nossa atitude (este é o signficado do arrependimento) e nos voltamos para Deus, entregando a nossa vida; então, pela fé, tomamos posse do perdão de Deus, recebemos a reconciliação como o criador (salvação das nossas almas) por meio de Jesus, submetendo a Ele como Senhor e Salvador de nossa vida.
Este é o processo de Deus, a forma com Deus nos reconciliar com Ele, não depende do que fazemos; mas sim, do arrependimento que revelamos e da mudança de atitude quanto a sua vontade.
Ao fazermos isso, então, Deus restaura o homem, dá-lhe um novo coração, dá-lhe da sua vida, vida eterna, faz deste o seu templo, morada do Seu Espírito. Na graça não falamos de templo físico, feito de pedras e por mãos humanas, mas sim, do templo Espíritual que somos nós, nosso corpo. Deus, por meio do Seu Espírito, habita em nós, como Jesus disse a cerca do consolador que Ele enviaria. O Espírito Santo nos conduz em toda a vontade de Deus, nos ensina todas as coisas, e nos conduz no processo de amadurecimento. Precisamos aprender a ouvir a sua voz e a obedecer.
As tribulações, as dificuldades e problemas que enfrentamos tem o propósito de nos mostrar, nos ensinar a depender de Deus, a confiar nele. Não é um processo de punição, como na lei, mas sim, um momento da graça, um momento de ensinar. É através da tribulação que aprendemos a dependência, e a rejeitar toda obra da natureza humana, santificando os nosso atos, para que a vida de Deus se revele em nós e através de nós.
Existimos, fazemos parte do reino de Deus pelo processo de arrependimento e restauração. E somos feitos cidadãos do reino de Deus, para que a vida de Deus ser revele em nós e através de nós, para que o mundo conheça da sua graça e do seu amor.
Cumpramos a oração do “Pai Nosso”, e façamos com que a vontade de Deus se cumpra na terra, como ela é realizada nos céus. Isto pela obediência e pelo andar segundo a natureza de Deus, que é resultante do processo de santificação de nossa vida.