A nossa hipocrisia tende a ser tão grande que beira até mesmo ao cúmulo do absurdo. E o pior disto tudo é que não exergamos a nossa hipocrisia religiosa. Condenamos a uns e absolvemos a outros baseados em nossos conceitos, desconsiderando o que Deus fala, e nos colocando até mesmo em seu lugar, esquecendo quem estabeleceu todas as coisas e o que fundamenta o caráter do criador. Jesus em uma situação explica de forma tão clara como devemos tratar e qual a nossa atitude frente ao nosso pecado, não ao dos outros.
“Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas?Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis.” (Lucas 13:2-5).
Por que queremos distinguir entre tipos de pecado (por favor, precisamos entender que pecar é viver de forma contrária a natureza de nosso Deus e de nosso Senhor Jesus), achamos que assassinar é mais grave que mentir, que a hipocrisia é mais leve que o roubo, que o engano, a sonegação de imposto, o subtrair o direito dos que trabalham conosco é menos grave que o adultério. Por que fazemos isso? Por que queremos fazer distinção entre pecado e pecado? Por que não atribuimos, não a vida dos outros, mas as nossas vidas o mesmo critério que Jesus estabeleceu?
Precisamos aprender que fomos chamados a nova vida, para andarmos segundo os atributos de Deus, segundo o seu caráter e não conforme o pensamento humano, não para andarmos segundo os nossos conceitos. Pior que isto, é ainda, rejeitarmos as pessoas que cometem os pecados mais gravés, mas sermos complacentes com os que denominamos de pecados mais leves. Não é isso hipocrisia? Termos esta atitude não é rejeitarmos justamente o que Deus deixou de forma tão clara?
Fomos chamados a santificação, para sermos santos como é santo o nosso Deus e Pai. Não dá para dizer que somos filhos, que temos a natureza de Deus e permanecermos no pecado, sendo complacentes com as nossas atitudes menos graves, porque assim o mundo a considera. Não estamos aqui para andar segundo o curso e valores deste século, mas sim, conforme prescrito por Deus aos seus filhos. Precisamos compreender que fomos capacitados para estar na presença de Deus, para não tropeçarmos em tempo algum, mas sim, para sermos testemunhas vivas da vontade e do querer de Deus para os homens.
Precisamos sim, cientes de que algo seja contrário a natureza e a vontade do Pai, devemos terminantemente nos arrependermos, isto é, mudarmos a nossa atitude, e praticarmos ações de justiça que glorificam ao nosso Deus e Senhor.
Fomos feitos filhos para glorificar e honrar ao nosso Deus em todos os nossos atos e palavras, portanto, devemos terminantemente, não permitir que nada que seja contrário a natureza de Deus permeie as nossas vidas, e sejamos cheios de compaixão pelas vidas que não conseguiram se libertar do poder do pecado.