“Não atende a ninguém, não aceita disciplina, não confia no Senhor, nem se aproxima do seu Deus. Os seus príncipes são leões rugidores no meio dela, os seus juízes são lobos do cair da noite, que não deixam os ossos para serem roídos no dia seguinte. Os seus profetas são levianos, homens pérfidos; os seus sacerdotes profanam o santuário e violam a lei.” (Sofonias 3:2-4).
Estas palavras de Sofonias foram escritas antes de Judá ser enviada, como nação, para o cativeiro. Antes da destruição do tempo. Eram momentos de muita corrupção, injustiça. Os responsáveis por liderar a nação em servir a Deus, eram os primeiros a corromper o povo.
Ao olharmos a nossa volta, ou mesmo para nós mesmos, para as nossas atitudes, para o que fazemos, falamos, pensamos e como agimos para com os oprimidos e desprezados, qual tem sido a nossa atitude? O que vemos? A arrogância, o egoísmo, o orgulho predominarem! Não existe qualquer preocupação com o próximo que se estenda além de uma simples “esmola”. E, o principal, vemos isso, justamente no meio dos que se denominam de “cristãos”, seguidores de Cristo. O ensino, a correção é fútil, o foco é no aspecto mais social que no que foi ensinado por Jesus. Preocupamos mais com a aparência do que com a transformação efetiva dos homens a semelhança de Jesus. Perdemos os valores que importam, o significado das palavras. Tudo é expresso sem o real entendimento.
Precisamos parar e refletir sobre o que temos feito e como temos feito. Precisamos nos voltar para Deus, para os seus fundamentos, para a sua vontade. Temos que compreender o que Deus espera de nós, como seus filhos, seguidores de Jesus. Precisamos compreender que Deus não quer transformar a nossa natureza humana em algo melhor, ele não quer uma natureza humana melhor, o que ele planejou e realizou em Cristo Jesus, foi o fazer de nós uma nova criatura, um novo homem, nascido de Deus, que tem a sua natureza, um homem espiritual, que volta para a verdadeira vida que Deus, na sua justiça, distribui a todos aqueles que se sujeitam a Jesus Cristo como Senhor.
Este entendimento é fundamental, a obra na cruz, realizada por Jesus Cristo, foi para que a natureza humana fosse sacrificada, que fosse morta juntamente com Cristo. Na cruz, morremos com Cristo, para nascermos de novo, para agora, vivermos a vontade e o querer de Deus, para andarmos segundo o coração de Deus, os seus valores. Quando Jesus disse para pegar a cruz, quando Paulo escreve para fazermos morrer a natureza humana, o que se fala é a mesma coisa. Se não houver o morrer para nós mesmos, para o nosso egoísmo, orgulho, arrogância, vontade, querer, não haverá a manifestação da verdadeira vida. Não dá para ter as duas coisas, a natureza de Deus revelada e a humana. Servir a Deus, andar com Deus, implica em fazer morrer a natureza humana, em voltar para Deus. O arrependimento que tanto proclamamos se revela na mudança de rumo, curso, de nossas vidas. Se antes vivíamos segundo a nossa vontade, agora, nos comprometemos com Deus, a andar segundo a sua natureza.
Precisamos voltar para Deus, nos submeter, andar em dependência, precisamos reconhecer a soberania de Deus em todas as coisas, e aprender sobre mansidão, sobre longanimidade, sobre misericórdia, graça, e revelar, através de nossas obras, a glória do Senhor. Nosso papel, como cristãos, é manifestar o nosso Deus ao mundo, revelar a sua glória, através da sua igreja, o corpo de Cristo. Voltemos para o Senhor e o sirvamos com alegria.