“Não creram os reis da terra,nem todos os moradores do mundo,que entrasse o adversário e o inimigopelas portas de Jerusalém.Foi por causa dos pecados dos seus profetas,das maldades dos seus sacerdotesque se derramou no meio delao sangue dos justos.” (Lamentações 4:12-13). “Os teus profetas te anunciaramvisões falsas e absurdase não manifestaram a tua maldade,para restaurarem a tua sorte;mas te anunciaram visões de sentenças falsas,que te levaram para o cativeiro.” (Lamentações 2:14).

Temos neste momento da vida do povo de Jerusalém o exemplo para nós, para o nosso dia a dia. Compreendemos que perdura a graça, a  misericórdia do Senhor sempre e que ele pacientemente nos ensina sobre a sua vontade e o seu querer. Não podemos confiar em nosso braço, na nossa capacidade, e nem acreditar que podemos criar mecanismos e recursos que nos possam, assegurar neste mundo, segurança e conforto. O verdadeiro descanso, somente podemos e temos no Senhor. Precisamos aprender a dependência. Esta quebra o nosso orgulho, enquanto achamos que podemos e temos condições de assegurar o futuro e proteção, não desfrutaremos das verdadeiras bênçãos que Deus já preparou e concedeu em Cristo Jesus.

O outro aspecto importante que precisamos de entendimento é com relação a nossa responsabilidade perante todo o povo de Deus. Somos responsáveis uns pelos outros, devemos em todo o tempo, admoestar, ensinar, demonstrar maturidade, sendo paciênte e ensinando a cada um o verdadeiro propósito de Deus. Não podemos deixar nos enganar pelo pecado, pelos valores deste mundo. Não podemos deixar que valores transitórios possam permear a vida daqueles que experimentaram a graça e a vida de Deus.

É nossa responsabilidade o ensinar e levar as pessoas a maturidade, ao crescimento e a semelhança com Jesus. Precisamos zelar pelo bom nome do Senhor, ensinando a todos uma vida de santificação, de olhar para o alvo de nossa fé, Jesus Cristo, como modelo. Não podemos sossegar enquanto não virmos Cristo formado em cada um, para que perante o Senhor cada joelho se dobre. Como igreja, precisamos compreender que o nosso papel não é levar julgamento ao mundo, mas sim, a graça, o amor, a misericórdia de Deus revelada através de cada vida resgatada. Por isso, precisamos entender que a santificação não é uma opção, mas responsabilidade de todos nós, e que esta vida deve ser vivida na inteira dependência do operar de Deus.

Não podemos prometer o que o Senhor não prometeu, não podemos assegurar o que não foi assegurado nos ensinamentos. Não podemos trazer falsas esperanças para a igreja. Jesus foi muito claro sobre o nosso andar neste mundo. Ele afirmou categoricamente que nele passaríamos por tribulação, que não teríamos uma vida fácil. Devemos compreender que esta é a vida que temos pela frente para revelar a vontade e o querer de Deus aos homens. Vivermos e andarmos diferente do mundo, somente trará a cada um que escolher este modo de vida, tribulação e dificuldade. O que precisamos aprender é a viver uma vida na inteira dependência de Deus, sabendo que ele cuida de nós.