O Senhor vê o coração

Como Podemos ler no livro de Samuel, quando estava escolhendo os filhos de Jesse para consagração do rei, Deus falou a Samuel, frente o imaginar que um dos irmãos seria o escolhido por causa da aparência: ” Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o Senhor não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração.” (1 Samuel 16:7, BEARA).

Continuamos e insistimos em julgar as pessoas pela aparência, pelo conhecimento, pelo seu grau de sucesso frente às coisas deste mundo, mas isto é correto? Devemos designar pessoas por aquilo que elas aparentam ser ou que podemos perceber?

Precisamos aprender a não nos mover e nem a escolher as pessoas por sua aparência, por seu conhecimento, mas como Samuel, precisamos aprender a ouvir o que o nosso Deus está nos falando em quem está escolhendo para fazer a Sua obra. Não somos donos, não temos condição de escolher quem quer que seja para o papel. Temos que aprender a fazer as escolhas como Jesus, debaixo de oração, ouvindo o que o Pai está falando.

Não podemos e nem temos condição de julgar as pessoas e determinar se são as corretas para fazer o que tem que ser feito. Não sabemos e nem podemos basear as nossas decisões em percepções, pois não conseguimos mapear as motivações das pessoas.

Quando Paulo afirmou que não era para consagrar, designar neófitos (novos na fé), ele tinha isto claro em seu entendimento. Não era uma questão de não confiar na pessoa, mas que não conseguimos medir e nem compreender as motivações, a maturidade. A designação para determinada função dentro do corpo, deve ser o reconhecimento daquilo que a pessoa já faz. É a observação dos frutos produzidos. É a capacidade de compreendermos como a pessoas desempenha as suas funções em casa, no governo da sua familia, como é o caso de um pastor, um presbítero. As pessoas que desempenham bem este papel na igreja, a família de Deus, também, desempenham bem em suas casas. E outra, não consagramos, não confirmamos, por aquilo que a pessoa será, mas sim, por aquilo que ela é.

Não confirmamos um evangelista para ser, mas sim, confirmamos, e incentivamos o seu papel na igreja, porque ele já desempenha, porque foi foi confirmado pelo Espírito Santo no dom e ministério concedido a ele e a cada um.

Não apostamos nas pessoas, mas, temos que agir para o amadurecimento, temos que desempenhar o papel de líder no corpo para que cada um consiga se achar no seu papel. Os mais maduros tem que conduzir os neófitos no processo de amadurecimento para que desempenhem com zelo e perserverança a tarefa a ele designada pelo Espírito Santo no corpo. Não existe ninguém sem papel no corpo, não existe ninguém sem função. Precisamo entender isso de forma clara, pois assim como não existe célula sem função no corpo, não existe membro do corpo sem papel, sem utilidade. Todos têm que ser conduzidos ao amadurecimento para que possa desempenhar com excelência a sua função no reino de Deus, e para a edificação da igreja.