As obras revelam o coração

Tudo no reino de Deus está relacionado com o que fazemos, com as obras que manifestamos, com o que expressamos, e não somente com o que falamos. Se dissermos que somos cidadãos do reino e não praticarmos a justiça de Deus, estaremos enganando a nós mesmos com a nossa religiosidade ou o quanto somos imaturos, por isso, palavras como de Paulo a Tito, devem nos levar a refletir sobre nós e julgarmos a nós mesmos: “Tudo é puro para os que são puros; mas nada é puro para os impuros e descrentes, pois a mente e a consciência deles estão sujas. Eles dizem que conhecem a Deus, mas o que eles fazem mostra que isso não é verdade. Estão cheios de ódio, são rebeldes e não são capazes de fazer nenhuma coisa boa.” (Tito 1:15-16, NTLH).

Paulo está falando das pessoas que se dizem cristãs, mas que vivem de forma contrária ao preconizado pela fé e pelos ensinos de Jesus no sermão da montanha. Precisamos refletir sobre estes pontos. O que as nossas obras e atitudes revelam? Revelam obras de justiça de Deus, ou simplesmente manifestam atitudes segundo o pensamento deste mundo? Por isso, repensar o que estamos fazendo é importante para compreendermos onde estamos e o quanto temos sido maduros em nossa fé. Não adianta falarmos que somos cristãos, que amamos a Deus e não revelarmos as Suas obras. Se estamos cheios de ódio, raiva, mágoa, se não temos sido capazes de fazer coisas boas para as pessoas, se não temos sido justos (não temos repartido o que temos com outros), então precisamos repensar o que temos feito. Se temos sido avarentos, hipócritas, se fazemos acepção de pessoas, se mentimos, se enganamos, se “aproveitamos a oportunidade” em detrimento e prejuízo dos outros, então, precisamos realmente rever os nossos conceitos de cidadãos do reino de Deus.

O entendimento claro de que o cidadão do reino de Deus não age neste mundo segundo o pensamento do mesmo é fundamental. Por isso, precisamos compreender quem somos, a obra Dele em nossa vida, porque nos chamou ou não cumpriremos o chamado como é do Seu propósito. Temos o costume, e pelas artimanhas do diabo, de separar, de departamentalizar a nossa vida e em cada um destes departamentos agimos de forma diferente: em casa, no trabalho, na congregação. Mas temos que entender que não pode ser assim, temos de ser os mesmos em todos os lugares.

Além de olhar a nossa vida e nos julgar, temos o papel, a responsabilidade de ajudar aqueles que se dizem irmãos e não estão fazendo as obras de Deus, procurando despertá-los para a verdade do reino. Devemos, com sabedoria e discernimento, repreender a cada um e levar cada um ao conhecimento e compreensão da vontade do Pai e sobre como devemos viver neste mundo.

Alguns ouvirão e abandonarão as práticas pecaminosas deste mundo (viver de forma contrária à natureza divina), outros, continuarão e manterão suas práticas religiosas e o seus interesses pessoais, priorizando a sua vontade e os desejos de um coração egoísta. Como proceder? Como Paulo escreve, com aqueles que se dizem irmãos e vivem na prática do pecado não podemos nos associar, pois afastando-os da comunhão, poderão arrepender do seu pecado e voltar para a vontade de Deus.

Precisamos compreender que temos uma jornada, uma carreira rumo à perfeição, a plenitude de Cristo e que temos que santificar os nossos atos, nossos procedimentos, para revelarmos o nosso Deus, e fazemos isso, pelo poder concedido pelo Espírito Santo para cumprirmos neste mundo a vontade de nosso Deus.