Precisamos ter o entendimento claro do plano e propósito de Deus para as nossas vidas e o que é esperado de nós. Se não tivermos este entendimento de forma alguma seremos efetivos em nossas ações e começaremos a dispender energia no que não é eterno.
Com relação ao pecado e separação de Deus. Todos sem exceção estão separados de Deus. Nós não podemos chegar a Deus por “melhores” que procuremos ser, por mais bondosos que desejarmos; mas sim, única e exclusivamente pela obra redentora de Jesus, pelo seu sangue, por sua morte na cruz em nosso lugar, e pelo ato de fé, reconhecendo que morremos com ele na cruz e que podemos chegar a presença do Pai. Entramos e somos ouvidos por Deus não porque somos bons ou fazemos algo bom; mas por causa do sangue de Jesus que nos purifica e nos apresenta diante de Deus santos, inculpáveis e irrepreensíveis. Não existe outra maneira.
Quando conhecemos e nos submetemos a esta graça salvadora, e devemos encarar como um “visto”, “uma autorização” para entrar no reino de Deus, a marca que recebemos do Senhor, o seu sangue. Não depende de nós; mas do que Deus fez por nós. Estando no reino, sendo cidadãos deste, devemos agora viver segundo as regras, valores deste reino.
Quem norteia os valores e as regras de conduta de vida do reino de Deus? Nós? Não, aquele a quem confiamos as nossas vidas e que sabe o que é melhor para nós, o nosso Deus!! Inicia-se, então, o processo de santificação. O que é santificação? Por que da santificação? Para nos aproximarmos mais de Deus? Não, simplesmente, para mostrarmos, revelarmos em nossas atitudes, nossas palavras, o Deus que dizemos conhecer e que nos transformou, dando-nos uma nova vida e um novo coração. Simples assim. O que é santificação, então? É o fazermos o que Paulo recomenda em suas cartas. Fazer morrer a natureza humana. O que é fazer morrer a natureza humana? É em cada decisão e ação que temos que tomar realizá-las segundo padrão do reino e não segundo os nossos valores. É tomarmos atitudes que refletem o caráter e a natureza de Deus que nos foram concedidos no novo nascimento.
Se mentíamos, não é para mentirmos mais. Se roubávamos, não é para roubarmos mais. Se éramos hipócritas, não é para sermos mais. Se cínicos, não é para sermos mais. Se vemos alguém com necessidade, e podemos, devemos dividir. Se alguém nos ofende, devemos revidar? Ficar magoados? Não, Jesus nos ensinou que devemos dar a outra face, ou seja, absorver e não devolver. Precisamos, sim, compreender e entender as limitações dos outros. Se sempre gostamos da primazia, devemos agora servir. Por isso, os ensinamentos de Jesus no sermão da montanha traduzem os valores do reino de Deus. Podemos viver segundo esta maneira e caráter de Deus? Sim, podemos, como Pedro escreveu em sua segunda carta (2 Pedro 1:3-4), recebemos da natureza de Deus para vivermos de forma que lhe agrada e nos afasta da corrupção que há no mundo.
Tendo este entendimento da salvação, tendo o entendimento da santificação que não é uma opção; mas uma “obrigação natural” de quem é cidadão do reino, até quando continuaremos a viver segundo os valores do mundo? Até quando permaneceremos no pecado, como se a obra de Jesus na cruz, não tivesse qualquer força para remir pecado e nos fazer filhos de Deus?
Façamos um firme propósito diante de Deus, de perseverarmos em realizar o seu desejo, em ser instrumento para manifestação da sua graça e amor entre os homens. Nós, membros do corpo de Cristo, estamos neste mundo, não para buscarmos os nossos interesses; mas sim, para buscarmos e realizarmos a vontade do Pai, exemplo deixado pelo nosso Senhor Jesus. Portanto até quando continuaremos a viver fora do propósito de Deus?
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