Nosso entendimento sobre julgamento de Deus, vida eterna, nossa situação perante Deus, na maioria das vezes está equivocado. Normalmente pensamos, primeiramente, que um dia Deus irá nos julgar e condenar, separando os “bons” dos “maus”, não é verdade? Pensamos que a vida eterna é algo que irá acontecer no futuro, após a nossa morte, não é?
Mas, se tomarmos a bíblia como a palavra de Deus, que fala da graça, do amor e da vontade de Deus, ela, na verdade, fala um pouco diferente disto.
Primeiramente, precisamos entender que não seremos condenados, já estamos condenados. O homem pela decisão tomada, por sua rebeldia, pelo seu desejo de cobiça, de achar que poderia ser igual a Deus, desobedeceu, e ao desobedecer, pela cobiça, inveja, rebelou contra Deus e ao rebelar, saiu do propósito de Deus, afastando deste. Estamos, portanto, separados de Deus, mortos (separados da vida de Deus, sem a vida de Deus, e sem está estamos vivendo por nós mesmos, sendo escravos de nossos desejos). Como foi escrito pelo apóstolo Paulo: “…, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, …, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;” (Efésios 2:1-2). A morte, a separação de Deus, não é algo para o futuro, mas é real hoje.
Segundo, precisamos compreender que Deus enviou o seu filho não para julgar, mas para salvar, para reconciliar as pessoas com ele, como está escrito: “Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (João 3:17-18)
Terceiro, precisamos compreender, que Deus, na sua misericórdia, e graça revelada, provê o meio e a forma para que possamos reconciliar com Ele, ou seja, como está escrito no evangelho de João: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16). Fica para nós claro que a vida eterna é algo que Deus nos concede através do seu filho, se nele crermos. Por isso, João afirma o seguinte: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome;os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.” (João 1:12-13); por isso, Jesus afirmou o seguinte: “Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.” (João 3:5-6). Jesus fala deste novo nascimento. Nascimento do Espírito.
Quando nascemos de novo? Quando cremos em Jesus, quando compreendemos que estamos condenados e separados de Deus por desejarmos viver as nossas vidas da nossa maneira, vivendo de forma que a cobiça, a inveja, o orgulho, a arrogância prevaleçam em muitos de nossos atos; quando não revelamos misericórdia e nem graça para com as pessoas, mas desejamos a sua morte; quando a odiamos. Se reconhecermos que viver assim é viver fora do propósito de Deus e ao desejarmos dar uma guinada em nossas vidas nós a entregamos ao senhorio de Cristo; reconhecendo, mesmo que não compreendamos todas as coisas, que Jesus é o Cristo, o filho de Deus, enviado para nos resgatar; então nascemos de novo. Nascer do Espírito é o ato de arrependimento, é o ato que nós nos entregamos, e quando fazemos isso, somos reconciliados com Deus. Ao sermos reconciliados, por intermédio de Jesus, reconhecendo nele o único que nos conduz a Deus e que não alcançamos Deus por nosso mérito e esforço, então recebemos da vida de Deus.
Receber da vida de Deus é receber a vida eterna. A vida eterna é algo que nos é concedido hoje, não no futuro, não após a morte de nosso corpo, mas hoje, agora. Precisamos voltar para Deus, só há vida nele.
Você precisa fazer login para comentar.