Gilgal – lugar de remoção do opróbrio

No livro de Josué, podemos ler, logo após passarem pelo Jordão, entrando na terra prometida, depois de sairem do Egito e caminharem no deserto por quarenta anos: ” Disse mais o Senhor a Josué: Hoje, removi de vós o opróbrio do Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal  até o dia de hoje. ” (Josué 5:9, BEARA).

Todos exceto os que saíram do Egito não tinham sido circuncidados. Quando passaram o rio Jordão, um dos primeiros atos, foi a circuncisão de todos, de maneira que pudessem compreender que tudo que representava o Egito, estava para trás, tinha sido morto.

A circuncisão implica na confirmação de uma aliança estabelecida. Aliança que Deus tinha feito com o Abraão. No novo testamento, falamos de uma circuncisão do coração, de um novo coração, da morte para a carne. Na remoção do opróbrio da carne. Deus condenando a carne, como Paulo falou:  ” Porém judeu é aquele que o é interiormente, e circuncisão, a que é do coração,  no espírito, não segundo a letra, e cujo louvor não procede dos homens, mas de Deus.” (Romanos 2:29, BEARA) e ” Porque nós é que somos a circuncisão,  nós que adoramos a Deus no Espírito,  e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne.” (Filipenses 3:3, BEARA).

O que precisamos compreender e entender quanto ao novo nascimento é este processo. Pois é através do novo nascimento no Espírito, que o opróbrio (enorme vergonha, desonra, vergolha pública, explícita) da carne é removida. Na cruz, na nossa morte com Cristo na cruz, toda a vergonha é removida. Somos reconciliados, recebemos um novo coração, recebemos a circuncisão do coração, para agora, vivermos em novidade de vida.

Precisamos entender este processo, e precisamos compreender que temos, que precisamos rejeitar a vergonha da carne. Não podemos aceitar o pecado, não podemos andar segundo a carne. Não podemos andar segundo pensamento e atitude dos homens, mesmo que seja só nos nossos pensamentos. Na cruz esta vergonha foi removida para andarmos em novidade de vida.

Temos que entender a obra de Deus. Tendo a compreensão que recebemos a nova vida, que a carne foi crucificada com Cristo, e pela graça e pelo amor de Deus, fomos reconciliados com o Pai, por meio da fé em Jesus Cristo, então não temos razão de viver mais debaixo do jugo do pecado. Não somos escravos do pecado.

Tendo a consciência da remoção desta vergonha implica o processo de aperfeiçoamento, de rejeitar todo procedimento e obra da carne, precisamos santificar os nossos atos, para que Deus seja glorificado pelas nossas obras, pois elas expressam as virtudes de Deus e revela o Deus que conhecemos.

Precisamos, portanto, lembrar sempre, que a conversão foi o lugar da remoção da vergonha que nos impedia de servir a Deus. Fomos curados, sarados para andarmos em novidade de vida. Fomos santificados pelo sangue de Cristo, para, andando na presença de Deus, possamos assim, servir aos homens por meio do corpo de Cristo, levando a presença Dele a todos os homens em todos os lugares. Por isso, tendo sido removido a vergonha, não nos resta alternativa que revelar a vida de Deus, manifestar as Suas obras, e mostrar ao mundo o Deus que conhecemos e que nos transformou e habilitou.