Quando observamos palavras como a de Jó, que nós mesmos repetimos diante de nossas lutas e provações: “Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece. Não tenho descanso, nem sossego, nem repouso, e já me vem grande perturbação.” (Jó 3:25-26, BEARA). Normalmentem pensamos o mesmo que os amigos de Jó, recebemos os mesmso conselhos e damos os mesmos, como as palavras de Elifaz para ele: “Eis que tens ensinado a muitos e tens fortalecido mãos fracas. As tuas palavras têm sustentado aos que tropeçavam, e os joelhos vacilantes tens fortificado. Mas agora, em chegando a tua vez, tu te enfadas; sendo tu atingido, te perturbas. Porventura, não é o teu temor de Deus aquilo em que confias, e a tua esperança, a retidão dos teus caminhos? ” (Jó 4:3-6, BEARA) ou “Quanto a mim, eu buscaria a Deus e a ele entregaria a minha causa; ele faz coisas grandes e inescrutáveis e maravilhas que não se podem contar; faz chover sobre a terra e envia águas sobre os campos, para pôr os abatidos num lugar altoe para que os enlutados se alegrem da maior ventura.Ele frustra as maquinações dos astutos,para que as suas mãos não possam realizar seus projetos.” (Jó 5:8-12, BEARA) ou, mesmo: “Porém Deus salva da espada que lhes sai da boca, salva o necessitado da mão do poderoso. Assim, há esperança para o pobre,e a iniqüidade tapa a sua própria boca. Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina; não desprezes, pois, a disciplina do Todo-Poderoso. Porque ele faz a ferida e ele mesmo a ata; ele fere, e as suas mãos curam. De seis angústias te livrará, e na sétima o mal te não tocará.” (Jó 5:15-19, BEARA).
Qual o ponto principal que precisamos entender quando vemos tanta luta, tanta dificuldade e até mesmo quanto estamos em tribulação? O ponto maior que questionamos está relacionada a: “por que comigo?”, ou “o que fiz de errado para merecer isso?”, não é verdade?
Deus se compraz nestes momentos? Tem ele o prazer em fazer ou permitir o sofrimento e as dificuldades? Deseja ele punir os homens como é pensamento corrente? Exalta ou não ele o humilde?
Tudo é uma questão de perspectiva e de tempo. Fará ele justiça? Sim, no seu tempo. Tem prazer ele na situação do homem, nos seus conflitos, lutas, guerras e exploração um pelo outro? Não. A vontade do criador é que todo homem ande segundo o seu coração e o seu desejo; que o conheça, que ande nos seus caminhos e experimente da sua vida, e revele a sua natureza em todos os relacionamentos neste mundo.
Tem ele prazer na punição e condenação do homem? Não, tanto que todo o seu mover foi para trazer o homem para perto de si, para conceder a nós, a possibilidade de nos reconciliarmos com Ele e experimentar como andarmos em sua presença. E esta é a razão de Jesus: padeceu e sofreu em nosso lugar para termos vida.
Exaltará ele a nós nesta terra, receberemos a recompensa nesta vida? Ele nos exultará diante dos homens? Ele pode até fazer isso; mas não é este o seu plano. E podemos observar isso pelo que os apóstolos passaram, bem como o nosso Senhor. Ele não está preocupado com os aspectos e valores deste mundo; mas sim, em que experimentemos da sua vida, vivamos e a revelemos ao mundo; e não está preocupado com o nosso orgulho e com os valores deste mundo. A nossa recompensa, a justiça ele a realizará; mas no seu tempo, não no nosso.
Podemos olhar os sofrimentos e lutas que passamos como sendo um momento de punição? Não. Pois não é este o intuíto; mas devemos observar como um momento de correção, de ensino, e principalmente, um momento para aprendermos a depender, confiar e a ter a certeza do livramento que sempre vem Dele.
Devemos sim, nos nosso momentos de tribulação ou durante a tribulação na vida de outros, lembrarmos das palavras de Jó, e até mesmo das palavras proferidas por Elifaz; e olharmos as coisas sobre a perpectiva de Deus contida neste livro.
O que está por trás de tudo isso é muito maior, trata da questão entre revelarmos a natureza e a confiança no que Deus está fazendo, no seu propósito e querer para as nossas vidas e para a vida dos irmãos. Temos, diante de qualquer situação, aprender a revelar e a dar graças ao nosso Deus por tudo que nos permite para a edificação do corpo, para o nosso amadurecimento e para crescimento da igreja do Senhor.
Sejamos instrumentos para, em qualquer situação, revelarmos quem somos e a obra realizada por Deus em nossas vidas.
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