Fazer o bem: base da vida cristã

Paulo escrevendo sua carta aos Gálatas, afirma sobre a questão de ser importante ou não e como medir o seu grau de importância: “A pessoa que pensa que é importante, quando, de fato, não é, está enganando a si mesma. Que cada pessoa examine o seu próprio modo de agir! Se ele for bom, então a pessoa pode se orgulhar do que fez, sem precisar comparar o seu modo de agir com o dos outros.” (Gálatas 6:3-4, NTLH), por isso, uma das coisas que quem está aprendendo a conhecer a Cristo, quem tem sido abençoado pelo conhecimento de Deus, deve revelar sua gratidão pela maneira como repartir com quem o abençoa e vive do evangelho: “A pessoa que está aprendendo o evangelho de Cristo deve repartir todas as suas coisas boas com quem a estiver ensinando.” (Gálatas 6:6, NTLH). E uma das coisas importantes que Paulo fala sem sua carta e que temos que entender quanto a fazer o bem, praticar a caridade para com o próximo: “Não nos cansemos de fazer o bem. Pois, se não desanimarmos, chegará o tempo certo em que faremos a colheita. Portanto, sempre que pudermos, devemos fazer o bem a todos, especialmente aos que fazem parte da nossa família na fé.” (Gálatas 6:9-10, NTLH).

Enquanto não compreendermos que a verdadeira expressão de uma vida que conhece a Cristo não está no que fala, mas no que faz, nas obras que realiza, na caridade que demonstra, não seremos luz neste mundo. Não estamos discutindo aqui se tem fé ou não, mas, como Tiago afirma em sua carta, a verdadeira expressão de fé que temos, da convicção da nossa salvação, está nas obras que realizamos; pois através das obras revelamos que conhecemos a Deus e confirmamos as palavras que proferimos.

Fé não se trata palavras, mas de palavras transformadas em ação que revelam por meio de obras a natureza e as virtudes de Deus aos homens. Temos que compreender que é por meio da igreja, pelo demonstrar em atitudes as virtudes de Deus que damos a conhecer ao mundo a salvação por meio da fé em Jesus Cristo. Sim, temos que entender que somos salvos pela graça de Deus para as boas obras, temos que compreender que as boas obras não nos conduz à salvação, mas, por termos sido salvos, reconciliados com Deus, fazemos as boas obras para revelar quem somos Nele. Fazemos porque recebemos, por que Deus nos deu, porque nos transformou e nos habilitou. Não se trata de recompensa, de fazer para ter, mas por ter e ser é que fazemos. Este é o fundamento da vida com Deus.

Tendo sido, portanto, salvos, reconciliados com o Criador, não temos outra maneira de viver que não seja fazendo as Suas obras que se revelam pelos atos de misericórdia, graça, bondade, compaixão, cuidado, repartir, ajudar os outros em suas necessidades. O verdadeiro cristão vive por fazer o bem. Não faz esperando retorno, recompensa ou reconhecimento, faz porque tem Cristo, é templo do Espírito Santo, recebeu da vida eterna do Pai e compreende que não tem outra opção de vida que não seja viver em favor das pessoas.

A verdadeira prosperidade de um cristão não está no acúmulo de bens, nas riquezas que possui, mas, no quanto de boas obras realiza, no quanto faz o bem às pessoas, independente de merecerem ou não. Se é um inimigo, um algoz perseguidor é capaz de ajudar, é capaz de matar a sua sede, ou de alimentá-lo quando tem fome. Revelamos Cristo, quando fazemos morrer a natureza humana e fazemos o bem.