Evangelho irrefutável

Perdemos tanto tempo em discussão irrelevante, em tratar assunto que não tem importância, ou mesmo tentamos defender o nosso ponto de vista, o evangelho que conhecemos, usando a bíblia para tentar convencer os outros da “nossa fé”, mas se seremos bem sucedidos ao usarmos de argumentação e o do nosso conhecimento teológico é outra coisa.

Paulo escrevendo a Timóteo deixou-lhe instrução clara em sua primeira carta a ele, no capítulo um, nos versos três e quatro, que diz: “Quando eu estava de viagem, rumo da Macedônia,  te roguei permanecesses ainda em Éfeso para admoestares a certas pessoas, a fim de que não ensinem outra doutrina,  nem se ocupem com fábulas e genealogias sem fim,  que, antes, promovem discussões  do que o serviço de Deus, na fé.” (1 Timóteo 1:3-4, BEARA).

Será que achamos que com a “nossa bíblia” iremos convencer as pessoas a abandonarem as sua fé baseada na “sua bíblia”? Será que palavras e argumentações teológicas são suficientes para converter as pessoas à “nossa” religião? Será que entre nós mesmos não ficamos perdendo tempo com discussões sobre doutrina “a” ou “b”,  nos conduzirá ao amadurecimento e a expressão de quem somos?

Precisamos parar e refletir, pois se não nos lembrarmos constantemente o nosso propósito como igreja e a razão da nossa existência, perderemos tempo em coisas que em nada nos levarão ao nosso objetivo de vida, ao propósito e razão do nosso viver neste mundo.

O evangelho que pregamos deve e tem que ser irrefutável, mas para que isso ocorra, ele não pode ser somente teoria, mas vida prática que traduza o que falamos e o que cremos. Se compreendermos quem somos e o que recebemos de Deus, se tivermos o discernimento que temos uma jornada rumo ao amadurecimento para sermos expressão de Deus, então nossa vida traduzirá o que falamos e o que cremos.

Fomos habilitados, capacitados, recebemos o poder, a autoridade, para vivermos neste mundo como Deus perante as pessoas. Somos coparticipantes da natureza divina, fomos feitos novas criaturas, recebemos um novo coração, somos seres espirituais para revelar a vida de Deus entre os homens, por isso, Paulo escreveu que somos cartas vivas, somos o bom perfume de Cristo que revela a fragrância do Seu conhecimento.

Tendo o entendimento que é na expressão, por meio dos nossos atos, que revelamos, manifestamos o Deus que conhecemos, e que temos a incumbência de agirmos como Ele perante as pessoas, e compreenderão e verão ao Senhor Jesus por meio das nossas vidas. Não revelamos Deus pelo que falamos, mas, pelo que fazemos, por nossas ações diante das pessoas e por nossa reação diante dos fatos a que somos envolvidos.

Somos igreja, ou melhor, temos que ter o entendimento que somos, e agirmos como tal, rejeitando todo o pensamento do mundo, para revelar e materializar o reino de Deus entre os homens. Quando assim agirmos e focarmos no amadurecimento das pessoas que fazem parte do corpo para serem expressão de Jesus, então, o nosso evangelho, as boas novas que pregamos não serão somente teorias e nem desenvolvimento do nosso ponto de vista religioso, mas expressão irrefutável da vontade de Deus para os homens.

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