Uma reflexão sobre a atitude de José

No livro de Gênesis 37 e 39, podemos observar a história, parcial de José, quando foi vendido, levado como escravo ao Egito. Foi administrador na casa do Potifar depois responsável pela carceragem. Como agiríamos (ou temos agido), diante de uma situação semelhante, que parece que estamos sendo punidos?

Foi José indolente? Reclamava da sua situação? Fazias as coisas sem interesse e dedicação? Não observamos este tipo de coisa sendo expressa por suas atitudes, muito ao contrário, por meio delas, mesmo que não compreendesse, mesmo que pudesse estar com o coração, de alguma forma, pesaroso por sua situação, continuava fazendo as suas tarefas com empenho. Sabemos o que irá acontecer com ele, mas poderia ele ter um vislumbre do que seria sua vida no futuro?

Tanto na casa do Potifar, como debaixo da responsabilidade do carcereiro, ele obteve favor, como podemos ler: ” logrou José mercê perante ele, a quem servia; e ele o pôs por mordomo de sua casa e lhe passou às mãos tudo o que tinha.” (Gênesis 39:4, RA) e ” o qual confiou às mãos de José todos os presos que estavam no cárcere; e ele fazia tudo quanto se devia fazer ali.” (Gênesis 39:22, RA).

Temos e devemos aprender com José a enfrentar as nossas lutas, nossos problemas e dificuldades que passamos, com um coração confiante que Deus está a frente, que ele está conduzindo todas as coisas, que está nos preparando para a Sua obra, para sermos úteis ao Seu reino. Não existe qualquer motivo, que seja, para Deus nos punir, já que Ele não poupou o Seu próprio filho para nos salvar, nos resgatar da situação de morte em que nos encontrávamos, antes de nos submetermos a Cristo como Senhor e Salvador de nossa vida.

Temos uma concepção errada sobre a vida cristã, sobre a vontade de Deus, sobre o conhecimento do Seu querer. Existe, sim, desconhecimento do Deus verdadeiro e achamos que problemas, lutas, dificuldades, é Ele nos punindo por não O termos agradado. É uma concepção completamente equivocada de relacionamento.

Não relacionamos com uma divindade que temos que agradar para termos uma vida “feliz”; precisamos sim, compreender quem somos, a obra de Deus em nossa vida. Temos que entender que fomos chamados para sermos filhos, para fazermos parte do Seu reino, e tudo que nos acontece, tem o firme propósito de nos conduzir ao conhecimento de nosso Deus, a sermos preparados de maneira a sermos úteis ao Seu reino, vasos para a honra.

Paulo, também, fala sobre isso, na sua carta aos romanos, no capítulo 8:31-39. Nada, nada mesmo, pode nos separar do amor de Deus. E ele é uma testemunha disso. Tudo que passou, suas prisões, seus sofrimentos e lutas, não foi só para que fosse útil ao seu tempo em favor do reino de Deus, mas para que recebêssemos todo um conhecimento sobre igreja.

Por tudo isso, que possamos aprender a olhar a nossa situação, nossas dificuldades, com olhos de gratidão e nos empenharmos em tudo para que Deu seja glorificado por meio de nossas vidas.

https://soundcloud.com/sdt_vigilato/uma-reflexao-sobre-atitude-de-jose