Antes mesmo da criação, antes mesmo de cumprir o Seu plano eterno, Ele já havia decidido que seríamos Dele, que estaríamos unidos com Cristo, e que seríamos apresentados perante Ele sem qualquer culpa e teríamos os nossos pecados perdoados. Só esta atitude, expressa por Paulo em sua carta aos Efésios, já revela o amor de Deus por nós, pois é uma atitude inconcebível pela natureza humana, como está escrito: “Antes da criação do mundo, Deus já nos havia escolhido para sermos dele por meio da nossa união com Cristo, a fim de pertencermos somente a Deus e nos apresentarmos diante dele sem culpa. Por causa do seu amor por nós,” (Efésios 1:4, NTLH).
Mas, muito mais que nos aceitar em Sua presença, de nos unir com Cristo, Ele tinha resolvido outra coisa muito maior, que seríamos Seus filhos por meio de Jesus Cristo, deixaríamos de ser simplesmente criaturas, para nos tornarmos Seus filhos, como Paulo escreveu em sua carta: “Deus já havia resolvido que nos tornaria seus filhos, por meio de Jesus Cristo, pois este era o seu prazer e a sua vontade.” (Efésios 1:5, NTLH).
Mas o amor de Deus ser revela não pelo fato de nos aceitar em Sua presença, de nos fazer Seus filhos, mas a forma como Ele faz isso, e Paulo fala sobre isso: “Portanto, louvemos a Deus pela sua gloriosa graça, que ele nos deu gratuitamente por meio do seu querido Filho. Pois, pela morte de Cristo na cruz, nós somos libertados, isto é, os nossos pecados são perdoados. Como é maravilhosa a graça de Deus, que ele nos deu com tanta fartura! Deus, em toda a sua sabedoria e entendimento,” (Efésios 1:6-8, NTLH).
O amor de Deus por nós se revela de forma abundante, imerecida, pela maneira como Ele, antes mesmo de pecarmos, antes mesmo de nos criar já havia determinado que seríamos reconciliados por meio de Jesus Cristo, através da Sua obra na cruz, e faria isso, por causa da Sua graça, do amor que não merecemos, não fizemos nada, e nem podemos fazer qualquer coisa que seja para merecermos. O que precisamos entender desta graça imerecida é que não existe nada que possamos acrescentar de bom, ou mesmo fazer de mau que possa aumentá-la ou diminuí-la. Esta graça que nos salva, que nos reconcilia, e nisto está o amor de Deus por nós, amor eterno, imerecido e revelado antes mesmo de sermos criados.
Talvez nunca vamos entender e nem compreender o amor de Deus revelado por meio de Jesus Cristo na Sua plenitude enquanto neste mundo e neste corpo vivermos, mas precisamos, correr a nossa jornada, precisamos ansiar, desejar ardentemente, conhecer o nosso Deus. Precisamos nos submeter à Sua vontade, ao Seu plano, e rejeitando tudo que procede da natureza humana, que não pode conceber um amor como o revelado por Deus a nós, cresçamos no conhecimento, na plenitude de Cristo, para que como filhos que somos, possamos revelar o Deus que conhecemos conforme é o Seu plano estabelecido.
Não somos merecedores e nem dignos do plano de Deus. Ele, na Sua soberania, no Seu poder decide entregar a nós, Seus filhos o papel de revelarmos quem Ele é às pessoas. Temos que entender esta responsabilidade. Temos que compreender a urgência e a importância de santificarmos os nossos atos, de revermos a nossa posição e nossas atitudes, pois precisamos revelar Cristo em Sua plenititude e manifestarmos o Seu amor aos homens. E temos que entender que revelamos Deus quando agimos segundo a Sua natureza. Para revelá-Lo precisamos rejeitar toda e qualquer atitude que tem origem na natureza humana, para que nos submetendo a Deus, manifestemos a Sua natureza divina, por causa da santificação dos nossos procedimentos, e assim, sendo semelhantes a Cristo, manifestemos ao mundo o Seu amor, a Sua justiça cumprida na cruz de forma plena a todas as pessoas que nos cercam. Precisamos nos preparar para sermos vasos para a honra de nosso Deus.