O mesmo modo de pensar de Cristo

“Por estarem unidos com Cristo, vocês são fortes, o amor dele os anima, e vocês participam do Espírito de Deus. E também são bondosos e misericordiosos uns com os outros. Então peço que me deem a grande satisfação de viverem em harmonia, tendo um mesmo amor e sendo unidos de alma e mente. Não façam nada por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios; mas sejam humildes e considerem os outros superiores a vocês mesmos. Que ninguém procure somente os seus próprios interesses, mas também os dos outros. Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar que Cristo Jesus tinha: Ele tinha a natureza de Deus, mas não tentou ficar igual a Deus. Pelo contrário, ele abriu mão de tudo o que era seu e tomou a natureza de servo, tornando-se assim igual aos seres humanos. E, vivendo a vida comum de um ser humano, ele foi humilde e obedeceu a Deus até a morte — morte de cruz.” (Filipenses 2:1-8, NTLH).

Paulo na sua carta aos romanos afirma que devemos nos transformar pela renovação da mente, oferecer os nossos membros como um sacrifício, como uma oferta a Deus, pois somente fazendo assim é que experimentaremos a boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Quando analisamos suas palavras na carta aos romanos e lemos o que escreveu aos filipenses, ele está afirmando a mesma coisa.

O que significa sacrifício? Não é o mesmo que se dar em favor dos outros, oferecer a nós mesmos, morrer para a nossa vontade e nosso querer? Quando ele escreve que devemos fazer as coisas não por interesse pessoal, não para recebermos elogios, não está ele falando a mesma coisa? Jesus falou sobre isso, com relação a fazer as coisas para receber elogios ou fazer para agradar a Deus e como deveríamos agir.

Precisamos ser humildes, mas o que significa ser humilde segundo a vontade de Deus? Entendemos o que Jesus disse sobre “bem aventurado os humildes porque deles é o reino de Deus”. Humildes significa reconhecer a completa situação de miserabilidade, o reconhecimento que não temos nada de bom, que não somos bons, e que dependemos inteiramente de Deus. Quem se vê nesta situação de miserável, não pode se considerar melhor que os outros. E nós, como temos agido? Como nos vemos? Reconhecemos nossa condição de miseráveis que somos?

A outra coisa é não fazermos as coisas que são somente do nosso interesse. O que significa isso na prática? Que devemos olhar, também, as necessidades e interesses dos outros, e sermos capazes de abrir mão do nosso. Quem é humilde, que se dispõe a servir os outros, faz as coisas não por interesse pessoal, não terá problema em também, fazer isso, mas se não somos capazes de sermos humildes, se não somos capazes de servir, se fazemos para receber elogio, então, também, não seremos capazes de olhar os interesses dos outros, mas somente os nossos.

Estamos entendendo o que precisamos fazer para sermos imitadores de Cristo? Precisamos compreender que estes aspectos tratam da luta da carne contra o espírito, nada mais nada menos que isso. Quando nos inclinamos para as coisas da carne, cedendo aos seus desejos, então, não viveremos segundo a vontade de Deus, fazendo as obras de Cristo, não sendo portanto os Seus imitadores. Se rejeitamos o pensamento segundo a natureza humana, se nos sujeitamos à vontade de Deus, obedecendo as determinações do Espírito que nos conduz à vontade do Pai, e nos faz lembrar de todas as palavras de Cristo, então rejeitaremos tudo que procede do pensamento egoísta humano e andaremos neste mundo segundo Cristo. Precisamos aprender a imitar a Cristo em Suas obras e revelá-Lo ao mundo.